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Saúde e Tratamento

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Será que a ansiedade pode causar falta de ar ?

Na entrada de um pronto-socorro, numa quarta-feira à tarde, uma jovem desce correndo do táxi. – Por favor, por favor, eu tô tendo um ataque do coração ! Eu vou morrer ! Não consigo respirar ! Socorro ! A paciente é levada imediatamente pela equipe de enfermagem à sala de emergência. – Eu não aguento, eu vou morrer, eu preciso respirar ! A paciente é deitada e monitorizada: Pressão Arterial aferida em 130 x 80, Saturação de oxigênio 99%, sem febre, Frequência Cardíaca de 120 (normal até 100). É realizado um eletrocardiograma de urgência. Chega o médico já com o eletro em mãos: – Boa tarde, sou o Doutor Horácio e…. – Doutor, por favor, eu estou infartando ! – Como você se chama ? – Aline. – Você tem quantos anos, Aline ? – Tenho 24, mas Doutor, o que está acontecendo ? Eu não consigo respirar ! – Aline, você já se sentiu assim antes ? – Já sim, faz mais ou menos um ano que tenho essa crises. Me falta o ar, me dá um nó na garganta, vem uma sensação de sufocamento, de angústia, um desespero, começo a suar frio e eu acho que vou enlouquecer ! – Certo. E imagino que você já tenha sido avaliada no pronto-socorro outras vezes. – Sim, Doutor, e os médicos me dizem que os sinais estão normais, que as batidas do coração se aceleram porque estou ansiosa, mas que o eletro está normal e que os exames de sangue estão normais. – E imagino que já tenham te orientado a investigar, claro, com o cardiologista. – Já sim, Dr., eu já fui ao cardio e ele disse que não tenho nada no coração – Aline, você percebe que ao longo da nossa conversa as frases já não estão tão curtas, parece que você já está respirando melhor e que parece estar mais calma ? – É verdade, Doutor. Então essa é mais uma crise de pânico, né ? – Vamos fazer alguns exames, mas me parece que sim. E me diga: você já foi avaliada por um psiquiatra ? – Não, Dr. Os médicos do pronto-socorro costumam me dar alta com Rivotril e eu acabo não indo ao Psiquiatra. – Você sabia Aline que a gente compara essas crises de pânico com uma panela de pressão ? E que o Rivotril seria aquele pino pra deixar o vapor sair quando a pressão na panela está muito grande ? – Huuummm nunca me falaram dessa analogia – Pois então. Pensa comigo: se a pressão está muito alta, não adianta só apertar esse pino pro vapor sair, eu preciso diminuir o fogo ! A mesma coisa vale para as crises de pânico. Se eu não usar um medicamento que trate de fato aquele transtorno ansioso, o paciente fica com aquela pressão dentro dele. O Rivotril ou qualquer outro sedativo não funciona exatamente como tratamento, mas sim como válvula de escape. É como se eu tratasse uma hérnia de disco com analgésico ! Pode até aliviar, mas não resolve a causa da dor. – Puxa, Dr., ninguém nunca me explicou isso ! Você é psiquiatra ? – Aline, eu não sou psiquiatra, mas conheço alguns muito bons numa clínica chamada MentalMe. Pode procurar que você vai ser muito bem atendida. Vamos lá pra sala de observação ? – Vamos sim, Dr., já estou mais calma. A cena acima acontece todos os dias nos prontos-socorros do Brasil. E a conduta do clínico ali na hora é essa mesmo: investigar se aquela crise de pânico não tem uma origem cardíaca ou pulmonar. Mas na imensa maioria das vezes, é a saúde emocional do paciente que está abalada, ativando uma série de circuitos químicos no cérebro, levando à falta de ar, sufocamento, sensação de uma bola na garganta, palpitações, medo de enlouquecer. Na psiquiatria, a gente estuda não apenas quais são as regiões do cérebro responsáveis por esses “curto-circuitos” emocionais, mas quais são os neurotransmissores envolvidos nas crises de pânico. Aí fica mais fácil entender os sintomas do paciente e pensar no remédio mais interessante para aquela situação.  E você, já teve uma crise de pânico ? Conta pra gente como foi !

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Cuidador na Saúde Mental

O Papel do Cuidador no Tratamento em Saúde Mental

A família e os amigos costumam ser os primeiros a perceber que algo está errado e pode ser muito difícil e doloroso ver um amigo ou um ente querido com sintomas de depressão, ansiedade ou outros problemas emocionais. E muitas vezes, não sabemos a melhor forma de ajudar e apoiar.  Um dos passos importantes, pode ser apenas iniciar a conversa! Você não precisa ser um especialista ou ter as respostas. Expresse sua preocupação e vontade de ouvir e estar lá para a pessoa.  Não tenha medo de falar sobre isso. Assegure-a que você se importa com ela e está lá para ajudar. Ajude-a a procurar por tratamento Alguém com problemas emocionais pode precisar de ajuda para procurar atendimento, tais como: Terapias com Psicólogo ou Atendimento Médico com Psiquiatra. Tanto por vergonha quanto porque sua doença dificulta a execução de tarefas, como encontrar um profissional de Saúde Mental ou agendar uma consulta. Sugerir que você pode fazer essas coisas por ela, lembrá-la quando estiver próximo da data da consulta e até mesmo acompanhá-la no atendimento, pode ser uma grande ajuda e acolhedor. Expectativa x Apoio É importante ter expectativas realistas. A recuperação geralmente não é um processo rápido. Provavelmente haverá melhoras, mas também terão contratempos ao longo do caminho.  Com a permissão da pessoa, você pode acompanha-la nas consultas para ajudar a fornecer suporte. Mesmo que você sinta que seu apoio e suas ações não estão fazendo diferença, eles provavelmente estarão.  Por estar sofrendo, a pessoa pode ter dificuldades em reconhecer ou expressar gratidão pela sua ajuda. Mas saber que você está lá para ela é importante para a recuperação. Saiba mais sobre condições e tratamentos Busque informações! Quanto mais você entender sobre as condições, sintomas, possíveis tratamentos e o que esperar, melhor será a sua ajuda. No entanto, procure fontes confiáveis para obter esta informações. Como em qualquer assunto a qualidade das informações podem variar. Entre no nosso blog Apoie seu ente querido em sua rotina diária Embora o início do tratamento seja um componente crucial para controlar alguns transtornos emocionais e mentais, a pessoa poderá precisar de ajuda na rotina diária (ao menos nos 15 primeiros dias). Você também pode se oferecer para ajudar em tarefas que possam ser cansativas, exemplos: fazer compras no supermercado, lavar a roupa ou limpar a casa. Estabelecer uma rotina ajuda muito e apoio diário é essencial. Sugerir também a inserção da atividade física regular e na rotina, é fundamental, pois ajuda a aliviar o estresse, liberando substâncias no cérebro que desempenham um papel no humor. Incentivar essa pessoa a fazer atividades que lhe dêem satisfação pessoal é importante, por outro lado, cuidado para não exagerar nas atividades e na socialização, converse e esteja sempre alinhado com a necessidade da pessoa que esta doente. Algumas pessoas acabam forçando a fazer atividades e socializar. Isso nem sempre é uma coisa boa, porque pode produzir estresse adicional. Faça um plano para reconhecer uma recaída Quando você está envolvido a longo prazo com alguém que tem algum transtorno emocional, é importante entender que os sintomas podem surgir periodicamente, assim como acontece nas doenças cardíacas ou diabetes. Entender e aceitar que haverá altos e baixos ajuda a mitigar possíveis frustrações que alguém possa se deparar, ao estar apoiando alguém com transtorno emocional. Muitas vezes, é importante que o cuidador também procure terapia pessoal. Embora os episódios possam entrar em remissão com o tratamento adequado, o potencial de recaídas futuras pode prejudicar os relacionamentos. Por isso, é importante conversar com essa pessoa quando estiver em remissão, para que juntos possam formar um plano de como reconhecer e responder rapidamente quando uma recaída estiver acontecendo. É importante reconhecer os primeiros sinais para intervir rapidamente! Você também pode incentivar hábitos de vida que podem ajudar, como: Hábitos saudáveis de alimentação, sono e atividade física Tentar minimizar o estresse Limitar o uso de álcool e drogas Fazer o acompanhamento regular com o profissional de saúde mental Obter ajuda precoce é uma parte importante do tratamento e a rede de apoio normalmente é parte fundamental para que a pessoa procure ajuda de um profissional

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Esse remédio vicia, doutor?

Esse remédio vicia, doutor?

Esta é uma pergunta que normalmente vem acompanhada, ou substituída, por outras perguntas, como: Este remédio vai me deixar dopada? Vou ficar dependente da medicação? As escuto frequentemente de alguns pacientes e de conhecidos que fazem tratamento para transtornos psiquiátricos, como depressão, ansiedade, bipolaridade, TOC, etc… São perguntas importantes que fazem parte de crenças e preconceitos da maioria das pessoas em relação aos transtornos psiquiátricos e seus tratamentos. MAS SERÁ QUE REMÉDIO PSIQUIÁTRICO VICIA MESMO? Será que as pessoas que tomam esses remédios nunca mais vão conseguir se livrar deles? Elas ficarão “dopadas” para sempre? Antes de mais nada, é importante lembrar que a maioria dos tratamentos em psiquiatria tem começo, meio e fim. Normalmente, são três meses até a melhora completa, mais seis a nove meses para a fase de manutenção, que tem como objetivo evitar recaídas dos sintomas e mais três meses para o desmame da medicação e avaliação bem detalhada de eventuais sintomas que possam vir a acontecer. Assim, quando esse ciclo chega ao fim, o paciente pode ficar sem as medicações. VALE RESSALTAR QUE ALGUNS FATORES PODEM GERAR DÚVIDAS Vamos lá, o primeiro deles é em relação aos efeitos colaterais das medicações. Infelizmente, não existe medicamento sem potenciais efeitos colaterais. Isso é verdade não só para a psiquiatria como para toda a medicina, de maneira geral. No caso da psiquiatria, especificamente, algumas medicações podem causar sonolência, pelo seu efeito sedativo. É sobre isso que as pessoas falam quando usam o termo “dopada”. E, de fato, algumas medicações podem, na primeira, ou nas duas primeiras semanas de tratamento, causar esse efeito. A boa notícia é que a grande maioria dos pacientes melhora quando esse breve período passa e apenas os benefícios dos medicamentos permanecem. Em alguns casos, essa sedação pode ser utilizada em benefício do paciente que estava com seu sono prejudicado pela doença base, seja ela depressão, hipomania ou mania ou ansiedade. Com a melhora no sono, geralmente a qualidade de vida da pessoa melhora muito. Além disso, outros efeitos colaterais comuns, como alterações intestinais, disfunções sexuais, dor de cabeça e atordoamento, também tendem a melhorar depois de uma semana ou duas de tratamento contínuo. OUTRA QUESTÃO QUE TAMBÉM GERA DÚVIDAS É: DEPENDÊNCIA DA MEDICAÇÃO De fato, algumas medicações usadas na psiquiatria podem, dependendo da forma e do tempo em que são utilizadas, causar dependência ou vício. Dentre esses medicamentos, os campeões são os conhecidos calmantes (benzodiazepínicos), como clonazepam, alprazolam, lorazepam, bromazepam. Infelizmente, as pessoas que acabam viciando nessas medicações recebem receitas dessas medicações sem a indicação precisa, a qual começa por um diagnóstico preciso, como já vimos aqui. Em alguns casos, acabam recebendo a prescrição sem o acompanhamento adequado ou buscam receitas de forma inadequada em médicos de diversas especialidades., o que pode ser muito perigoso para o paciente e seus familiares. Entretanto, se esses mesmos calmantes forem prescritos de forma criteriosa, embasada em uma hipótese diagnóstica e em diretrizes reconhecidas de tratamento, normalmente por tempo determinado, não causam mal, muito pelo contrário, tornam-se uma ferramenta valiosa no tratamento e melhora dos pacientes. Com um acompanhamento regular, dificilmente o paciente ficará viciado na medicação, pois ela será descontinuada em seu tempo certo e sem sofrimento. TAMBÉM EXISTEM OUTRAS MEDICAÇÕES USADAS NA PSIQUIATRIA QUE NÃO CAUSAM VÍCIO ALGUM Os antidepressivos, por exemplo, são medicações que devem ser usadas para a depressão unipolar e evitadas na bipolar. Geralmente, seu uso obedece a um ciclo no qual há o desmame, ao final, (que deve ser acompanhado pelo médico) e seu uso pode ser encerrado. E AQUI VAI UM PONTO IMPORTANTE: O DESMAME DOS ANTIDEPRESSIVOS Quando o indivíduo está usando o antidepressivo há muito tempo, e dependendo de algumas características dessa medicação, a retirada abrupta pode culminar em três situações distintas: a síndrome da retirada, a abstinência ou a recaída da doença. Essas três situações são bastante desconfortáveis, bem distintas e apenas o médico pode diferenciá-las. O problema é que algumas pessoas fazem a interrupção abrupta e sofrem com as reações desagradáveis dessa parada súbita, o que as faz ter a impressão de que nunca mais ficarão sem a medicação –  associando isso a um eventual vício no remédio, o que não é verdade. Outras medicações, como antipsicóticos e estabilizadores de humor, também não viciam, mas, pela característica das doenças que tratam (bipolaridade, esquizofrenia, dentre outras), existe a necessidade de mantê-los de forma contínua. Aliás, sim, existem situações em que é necessário manter a medicação de forma contínua.  Algumas doenças, como a esquizofrenia e o transtorno bipolar, são crônicas e podem ser controladas com medicação. Outras situações são aquelas em que há constantes recaídas após cessar a medicação e quando a depressão é recorrente, ou seja, a pessoa tem vários episódios de depressão ao longo da vida. NESSES CASOS, NÃO SIGNIFICA QUE O PACIENTE FICOU VICIADO NO REMÉDIO O que acontece é que ele precisará dessa medicação para não voltar a sofrer dos sintomas e das consequências da doença. É o mesmo que ocorre com a pressão alta, o diabetes e o hipotireoidismo, por exemplo. Há a necessidade do uso diário e contínuo das medicações para controlar a doença. Portanto, o mais importante é que se faça um diagnóstico preciso e um acompanhamento regular para que o ciclo de tratamento seja feito da forma mais breve e eficaz possível e, se for necessário, manter a medicação de forma contínua para que os benefícios do tratamento sejam maiores do que os eventuais riscos dessas medicações. Dessa forma, as pessoas que sofrem de transtornos psiquiátricos só colherão bons frutos do tratamento medicamentoso.

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Tênis, ginástica artística, surfe e as nossas emoções

Tênis, ginástica artística, surfe e as nossas emoções

Você joga tênis? Faz ginástica artística? Ou Surfa? Eu até me arrisco no beach tennis e no surfe. Mas a ginástica artística eu deixo pra assistir do sofá, na época das olimpíadas. Mas existe algo em comum entre surfe, ginástica artística e tênis? Existe sim! De um ano pra cá, três expoentes desses esportes vieram a público falar sobre problemas emocionais. Primeiramente, foi a tenista Naomi Osaka. Ela acendeu a pira olímpica, você se lembra dela? Ela abandonou o torneio de Roland Garros no ano passado justamente por questões emocionais. Meses depois, Simone Biles não participou da final olímpica de ginástica artística dizendo “tenho que me concentrar na minha saúde mental”. E agora, em 2022, Gabriel Medina, surfista brasileiro, anunciou uma pausa na carreira para também cuidar de questões emocionais. Como será pegar uma onda de 3 metros de altura com sintomas de pânico? Ou correr atrás de uma bolinha num jogo de tênis estando triste e sem prazer na vida? Ou ainda se equilibrar numa barra numa competição de ginástica artística com sintomas ansiosos e com insônia? Você notou que nos últimos anos a gente vem falando mais de saúde mental e rompendo alguns preconceitos que ainda envolvem esse assunto? – Ah, Thiago, mais ou menos. Acho que ainda tem muito preconceito contra quem trata de crise de pânico, ansiedade e depressão! – Alguns diriam. Pode ser. Mas o cenário vem mudando. A gente nota um aumento nas consultas de psiquiatria e psicologia não apenas aqui na MentalMe, mas em vários outros serviços. Aliás, já tem trabalho científico mostrando isso, sabia?! Nessa pesquisa super recente aqui, de janeiro de 2022, os pesquisadores revelaram não apenas um aumento no número de consultas de psiquiatria, mas um alto índice de satisfação, de médicos e de pacientes, com os atendimentos online. E você, como se sente ao falar de ansiedade, tristeza, insônia, pânico, irritabilidade?É tranquilo ou você sente vergonha e prefere varrer essas questões pra debaixo do tapete? Gabriel Medina, Simone Biles e Naomi Osaka preferiram ventilar o assunto. E por isso, já merecem uma medalha.

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Equipe MentalMe

Nós somos a MentalMe!

Era um fim de tarde de um domingo ensolarado, eu tinha acabado de chegar do almoço com alguns amigos, quando recebi a ligação da minha irmã, Ana, que estava chorando e dizia: [Ana]: – Oi. A mãe não está nada bem, estou muito preocupada com ela, preciso de ajuda! [Eu]: – Ok, mas o que ela tem? O que está acontecendo? O que ela tem sentido?  [Ana]: – Não sei ao certo, mas nas últimas semanas tenho percebido que ela tem se isolado, não tem conversado muito, demonstra pouco interesse pelas coisas e conversas, e, de ontem pra hoje, ficou só no quarto. Agora mesmo, ela acabou de pedir pra eu cancelar todos os compromissos dela de amanhã, pois não vai trabalhar.” [Eu]: – Entendi, mas ela chegou a comentar algo mais específico? Alguma dor? Algum desconforto? [Ana]: – Não, ela apenas disse que não está bem, que tem se sentido muito cansada e com algumas dores no corpo. Mas, eu percebi que ela tem acordado bastante durante a noite e fica andando pela casa. Ela também não está comendo direito: as vezes passa o dia todo sem comer e tem dias que come exageradamente. Ah, e sabe aquelas idas no clube que religiosamente ela fazia? Então, percebi que já faz algumas semanas que ela não vai. Desculpa te incomodar, sei que você está aí longe e eu estava tentando administrar daqui, mas não estou mais dando conta… Cheguei até a pesquisar um pouco sobre os sintomas, mas preciso da sua ajuda!Pedro, será que nossa mãe está com depressão? [Eu]: – Caramba Ana, isso tudo faz sentido, pode ser que ela esteja deprimida mesmo! Precisamos procurar ajuda de um profissional agora mesmo. Não se preocupe, vamos levá-la a um médico para iniciar um tratamento. Nossa mãe vai melhorar e voltar a ter o ânimo, rotina e qualidade de vida que sempre teve e aquele sorriso no rosto. Muito mais do que uma história… Caro Leitor, os nomes dos personagens da história acima são fictícios, mas a história é real para muitas famílias. onde muitas se sentem perdidas e nem ao menos sabem como ajudar os entes queridos, e, assim, muitos tiram conclusões precipitadas, não buscam ajuda profissional e até se auto medicam. Em contrapartida, a pessoa que está apresentando estes sinais, está sofrendo, se sente cada vez mais vulnerável e não tem perspectivas de melhora, permanecendo em um círculo vicioso entre altos e baixo, tendo sérios impactos em sua saúde emocional e física e, consequentemente, perdendo qualidade de vida. Mas o ponto é: Isso tem cura? A pessoa vai conseguir melhorar? De que forma? Justamente para responder algumas destas questões, nasceu a MentalMe. Uma solução incrível e inovadora que busca dar condições de um diagnóstico mais assertivo, um tratamento devidamente planejado, com o acompanhamento e o monitoramento clínico, tendo uma relação mais humanizada e próxima entre o médico e o paciente. Você deve estar se perguntando: mas como isso é possível? Se a Saúde Mental e Emocional se refere a sinais e sintomas, que estão ligados à uma série de percepções e comportamentos (e não exatamente a um exame específico, como um raio X, por exemplo), como a MentalMe pode trazer um resultado eficiente e satisfatório? Apesar da dificuldade em não ter um exame específico, como estamos acostumados, existem meios e diversos formatos capazes de avaliar e gerar resultados extremamente relevantes e importantes, os quais devem ser aplicados em um tratamento. Entretanto, infelizmente estes “protocolos clínicos”, não são tão acessíveis à grande maioria dos pacientes, por dois fatores principais: O maior utilização ainda se encontra em ambientes acadêmicos e de estudos, com usabilidade ruim; O tempo necessário para aplicação dos protocolos tornam o atendimento mais longo e, consequentemente, mais caro, o que limita o acesso apenas para aqueles que tem melhores condições financeiras. A MentalMe surgiu com o propósito de democratizar estes protocolos, tornando-os mais acessíveis (tanto para o profissional, quanto para o paciente), trazendo uma excelente experiência de utilização e, principalmente, agindo de forma efetiva nas causas das doenças. Além disso, também vale compreender os aspectos que diferenciam: uma pessoa com desempenho normal (sem variações e/ou problemas emocionais); uma pessoa que apresenta alguns sinais de tristeza, problemas pontuais e uma variação emocional relacionada à uma situação específica; e  uma pessoa que apresenta sintomas de uma desorganização emocional grave – com problemas relacionados à organização de uma rotina, variações frequentes de humor, falta de concentração, perda e/ou aumento de apetite, insônia, entre outros sinais. No último caso, o indivíduo precisa de atendimento Psiquiátrico (Médico) e é neste foco que a MentalMe apresenta a solução. Compreendendo a necessidade de melhora no atendimento em psiquiatria, a MentalMe oferece a possibilidade de realização e aplicação de um questionário (tipo um exame), o qual é respondido pelo paciente antes da primeira consulta, gerando um resultado muito importante para embasar o médico durante o atendimento. Em paralelo, o paciente já recebe um acesso exclusivo ao aplicativo MentalMe, desenvolvido para acompanhar e monitorar o quadro de evolução do paciente. E de que forma isso é feito? De forma muito simples! O acompanhamento refere-se à percepção e resposta do paciente sobre como ele tem se sentido, assim como, algumas “Escalas de Monitoramento” específicas para cada tipo de diagnóstico (doença). Dessa forma, serão habilitadas para que este paciente também responda e, com a junção dessas informações, o médico terá a possibilidade de avaliar, como tem sido a evolução e os resultados do tratamento que está sendo prescrito. Também é disponibilizada a ferramenta Chat. Ela possibilita um contato próximo entre o médico e paciente, para quaisquer esclarecimentos que o paciente possua no desenrolar do tratamento e nos intervalos entre as consultas. Além disso, conteúdos de PsicoEducação e demais informações relevantes sobre a Saúde Emocional e Mental, serão sempre compartilhadas e disponibilizadas para todos os pacientes. Sabemos, que ainda há muito estigma e preconceito quando se fala em Saúde Mental, por falta de conhecimento, esclarecimento e até conflitos de informações, porém, a MentalMe tem como objetivos: quebrar estas barreiras,

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Metaverso: você sabe o que é?

Metaverso: você sabe o que é?

“Don’t dream your life, but live your dream” – MARK TWAIN IMAGINE O SEGUINTE CENÁRIO: Em São Paulo, você tem 1,70m, 80kg, cabelos castanhos, é solteiro, trabalha 12h por dia, sentado, numa sala com luz artificial, em frente a um computador, em uma empresa distante, há 40 minutos de trânsito da sua casa. Costuma acordar atrasado, consome toma mais café e menos frutas do que deveria. Está sedentário e faz tempo que sua pele não fica bronzeada.  Anda irritado, mais explosivo do que antes, ansioso, mexe no celular antes de dormir e tem uma sensação de sono ruim, acordando já cansado. MAS, NO METAVERSO, A COISA É UM POUCO DIFERENTE Você tem 1,85m (ganhou 15 cm), um corpo atlético, bem distribuído. Pratica natação e começou a jogar beach tennis, o que te trouxe um bronzeado incrível (você escolheu a opção “bronzeado” na hora de configurar seu avatar). Tem uma família sorridente, vocês passam o dia entre a praia, o shopping e a casa em um condomínio, com três filhotes de labrador. Você não parece explosivo e nem ansioso.  A expressão no rosto do seu avatar transmite felicidade e bem-estar sempre, todos os dias em que você liga seus óculos de realidade virtual. IMAGINOU?! POIS ESTA NÃO É UMA REALIDADE TÃO DISTANTE O Facebook mudou seu nome para Meta em 28 de outubro de 2021, anunciando a criação de seu Metaverso.  Outras empresas, como a Decentraland e a Wonder, já oferecem espaços online em que podemos configurar nossas personas virtuais do jeito que quisermos.  Esses avatares circulam por diversos ambientes, como shoppings, praias, fazendas, espetáculos de música e de dança, e se encontram com avatares novos e com velhos conhecidos do mundo real.  SIM! Você vai poder convidar o avatar do seu pai para assistir a um show dos Beatles no Metaverso. PERAÍ, MAS OS BEATLES NÃO EXISTEM MAIS! Pois é. No Metaverso, eles podem existir pra sempre.  Porém, não apenas de experiências vivem os Metaversos. Você vai poder comprar produtos, como roupas, óculos e obras de arte. Vai poder fazer uma tatuagem com um tatuador japonês renomado. Aliás, diversas empresas como a Nike, a Gucci e O Boticário já estão vendendo produtos no Metaverso.  E quando eu falo em vender, é vender mesmo! Eles cobram por produtos virtuais e os entregam por meio de uma tecnologia chamada NFT (Non-fungible Token).  Aliás, em dezembro de 2021, um terreno no Metaverso foi vendido por 2,4 milhões de dólares.  ISSO PARECE MUITO DISTANTE PRA VOCÊ? Vamos lembrar que no mundo dos games essas realidades paralelas já existem há anos. Em jogos como Second Life e The Sims, por exemplo, jogadores criam seus personagens, se casam, escolhem carreiras e conduzem a vida da maneira como bem entendem.  A inovação proposta pelo Facebook e por outras empresas desse universo é exatamente oferecer uma experiência virtual muito mais sofisticada, por meio de sensores de movimento e de óculos virtuais. A ideia é fazer com que o cliente sinta o cheiro de um perfume no Metaverso, como sente no mundo físico, por meio de um sensor em seu nariz. Será possível sentir o peso da raquete virtual e o impacto físico de uma bolinha de tênis rebatida pelo Federer ou pelo Nadal (sim, afinal, você vai poder comprar a experiência de jogar em Wimbledon com eles).  Quem sabe, você vai até poder se consultar com um psiquiatra da MentalMe no Metaverso, nos consultórios virtuais da MentalMe (e claro, escolher se quer a vista para o mar ou para uma montanha no consultório). Já pensou nisso? Esta conversa me parece infinita, como o próprio Metaverso, mas vou falar um pouco mais no vídeo acima. AÍ EU TE PERGUNTO: Você acha que levaria seu jeito de ser pro Metaverso? Seus dilemas existenciais? Seu temperamento? Sua ansiedade? Você continua sendo você sem os seus sentimentos? Afinal, se no mundo físico nos deparamos com a expressão “seja tudo o que você puder ser”, no Metaverso falamos em “seja tudo o que você quiser ser”.  Até breve!

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É tarja preta?

As tarjas das medicações ajudam a entender qual o tipo de controle deve haver na comercialização Oi, como está? Espero que bem! Periodicamente, reservo um tempo para escrever e esclarecer algumas dúvidas sobre as doenças emocionais do cérebro, também chamadas de doenças psiquiátricas, e a melhor forma de superá-las com tratamentos, medicações, diagnósticos, acompanhamentos, monitoramentos etc. Um dos assuntos que merecem esclarecimento são as famosas medicações com “tarja preta”, que ganharam uma fama equivocada ao longo de anos e anos. Quem nunca ouviu: “nossa, tal pessoa toma remédio tarja preta”! Como se fosse um bicho de sete cabeças. Fato é que esse tipo de comentário mostra muita desinformação a respeito do assunto. Por isso, estamos aqui! Vamos falar sobre isso? Continue lendo… Orientações básicas Primeiramente, todos os medicamentos com tarja precisam de indicação e acompanhamento médico para sua utilização. Diferente dos Medicamentos Isentos de Prescrição que são vendidos livremente nas gôndolas da farmácia. Já a cor da tarja refere-se ao grau de controle sobre aquela substância. Aqueles com tarja vermelha precisam de indicação e acompanhamento médico e, para alguns, é necessário que a receita fique retida e registrada na farmácia. Já os medicamentos com tarja preta têm essa tarja por exigir um controle muito maior para sua utilização. São comprados apenas com receitas amarelas ou azuis, que exigem um controle do profissional que as prescreve também. Essas medicações, diferente daquelas com tarja vermelha, exigem todo este controle porque “podem de causar dependência”. Apesar deste potencial nocivo, essas medicações são importantes no tratamento de problemas emocionais do cérebro, os chamados problemas psiquiátricos, já que podem aliviar o sofrimento de forma rápida, muitas vezes imediata. No tratamento medicamentoso dos problemas de saúde emocional do cérebro, geralmente as medicações que irão resolver o problema de forma definitiva, não agem imediatamente. Ao contrário, costumam produzir uma melhora lenta e gradativa ao longo de várias semanas até que o problema fique definitivamente sob controle. Essas medicações não causam dependência e são aquelas que tem a tarja vermelha. Assim, como a medicação principal para o tratamento demora para produzir um efeito benéfico, precisamos por um curto período, usar uma outra medicação que possa proporcionar conforto e aliviar o sofrimento de forma imediata. Estas medicações, exatamente por possuírem um efeito imediato, têm potencial de causar dependência. São essas que possuem a tarja preta. Dependência? A preocupação com “dependência” de medicamentos é legítima! A dependência decorre principalmente do uso incorreto das medicações com tarja preta. Por exemplo, quando o diagnóstico é incorreto ou impreciso, o tratamento de longo prazo tem menos chance de produzir o resultado esperado. Com isso a pessoa acaba usando a medicação tarjada por mais tempo – e é exatamente isso que causa a dependência. É importante esclarecer que fazer uso da medicação tarja preta de forma correta, por períodos curtos e com acompanhamento do psiquiatra, não causa dependência. Por isso, a MentalMe sempre alerta a respeito da importância do diagnóstico assertivo e precoce. Sintomas quando há dependência Quando acontece o que acabamos de falar, sobre o diagnóstico errado, que leva a um tratamento ineficaz e ao uso exagerado dos remédios tarjados, a pessoa pode se tornar dependente da medicação. Neste sentido, existem algumas coisas que caracterizam a dependência: 1. Abstinência: na falta da medicação, a pessoa dependente apresenta quase que de imediato, sintomas físicos e emocionais de abstinência. Entre eles, apatia, irritabilidade, alterações no sono e mudança no apetite. 2. Aumento progressivo da dose: o paciente que se tornou dependente do medicamento tarjado sente depois de algum tempo, que precisa de doses cada vez maiores para atingir a mesma sensação que antes. Isso leva a falta de controle total sobre a quantidade do uso. 3. Problemas sociais na procura pela substância: tanto para poder usar a medicação quanto por conta dos efeitos causados pela dependência, a pessoa tende a abandonar suas atividades diárias, entre elas, trabalho, estudos, vida social etc. Uso contínuo e correto da medicação para tratamentos Ao contrário dos remédios de tarja preta, as medicações de tarja vermelha não causam dependência. Utilizando-as, o paciente não apresenta sintomas de abstinência de forma imediata sem o uso. Se fica sem a medicação, a pessoa pode apresentar uma recidiva do problema de saúde depois de alguns dias sem o tratamento, o que não significa abstinência. Também não apresenta necessidade de aumento progressivo da dose se o diagnóstico estiver correto. Quando o quadro está controlado, a pessoa não tem necessidade de aumentar a dose. Ao contrário disso, é possível até partir para uma redução da quantidade e dependendo do tipo de quadro, até suspender o tratamento. O uso da medicação de forma correta passa de forma natural pela vida da pessoa, como acontece com outros tratamentos médicos. Depois de tudo, ela não busca medicação por conta própria, não há essa necessidade. E também ela não sente a necessidade de abandonar suas atividades por conta do tratamento. Diferente disso, com uma plena recuperação, o paciente mantém sua rotina e atividades com sucesso, de forma mais produtiva e eficiente. Desmistificar é preciso! Toda medicação apresenta prós e contras. É importante que seu uso produza sempre mais efeitos vantajosos do que prejudiciais. O melhor custo/benefício com qualquer tratamento só é obtido com um uso correto e bem indicado da medicação. Medicações tarjadas só tendem a dar errado se não forem usadas de forma correta com indicação de especialistas. E mais ainda, quando o diagnóstico não é preciso. Procure por ajuda especializada e não tenha medo do caminho para recuperar a liberdade para ser feliz! 

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Depressão não é tristeza, tristeza não é depressão!

Olá! Vamos falar sobre depressão? Sim, mais uma vez neste assunto, mas agora com o objetivo de mostrar as principais diferenças entre a doença e o sentimento de tristeza. O motivo deste post é ajudar as pessoas no discernimento de suas emoções ou quadros psiquiátricos. Serve tanto para quem está enfrentando problemas no cotidiano e sentindo uma enorme tristeza, mas já achando que é depressão, e também para quem está com depressão, porém empurrando a situação com a “barriga”, como se fosse uma mera tristeza passageira. Conhecer a diferença entre emoções normais e sintomas, certamente, pode ajudar cada um a entender o que, de fato, está sentindo e se precisa da ajuda de um psiquiatra. Protelar um tratamento só agrava a doença. Portanto, estou aqui para ajudar! Veja os 3 pontos chave para diferenciar tristeza de depressão:   1. Persistência da emoção Ao passo em que o sentimento normal de tristeza aparece apenas por algumas horas durante poucos dias, a tristeza da depressão dura quase a maior parte do tempo durante pelo menos duas semanas. Quando não é detectada e não há o tratamento correto, pode persistir por meses ou anos. Muitas vezes a pessoa acaba entendendo essa tristeza como uma caraterística pessoal. Outra coisa, a tristeza normal é limitada a um evento muito bem definido, tal como a perda de um emprego, a separação de um relacionamento, a perda de um ente querido, etc. Já a tristeza da depressão pode aparecer sem nenhum motivo ou acontecimento. Outras vezes, ela até tem motivo, mas a própria pessoa, ou seus contatos próximos, percebem que parece mais intensa ou durando mais do que o esperado. Ou seja, na depressão, mesmo quando há um motivo para a infelicidade, a tristeza permeia e invade outras esferas da vida da pessoa depressiva. Uma outra forma muito comum de identificar que a tristeza é decorrente de uma depressão, é quando ela aparece diante de várias situações ou motivos. Quando tudo é motivo para tristeza e pessimismo, é mais provável que a tristeza seja decorrente da depressão. 2. Biologia – Alterações no funcionamento cerebral O funcionamento biológico não sofre alterações quando uma pessoa sente tristeza, de modo que ela não se sente doente de forma alguma. Um indivíduo triste sente apenas a emoção e pode ser de diferentes formas: há quem chore, há quem queira ficar sozinho por um tempo, há quem ria de nervoso, etc. Mas o corpo continua funcionando de forma normal. Ou seja, a capacidade do sistema nervoso de exercer suas funções como sono, concentração, energia, motivação, apetite, controle dos pensamentos, etc, está preservada, intacta. Já no caso de uma pessoa com depressão, o sistema nevoso passa a não conseguir mais executar suas funções básicas. São diversas alterações de funcionamento que podem ser identificadas. Vou citar as mais comuns: o cérebro começa a ter dificuldade em regular o sono, então a pessoa começa pode ter dificuldade para dormir ou sentir sono excessivamente; o cérebro perde a capacidade de controlar o apetite, então a pessoa pode comer compulsivamente ou outras vezes, perder completamente o apetite ao ponto de perder o paladar; o cérebro passa a ter dificuldade em regular a velocidade e o controle dos próprios pensamentos, levando a dificuldades de concentração ou de tomar decisões em coisas simples do dia; O cérebro muitas vezes começar a ter dificuldades para modular emoções, então mesmo quando algo bom acontece com a pessoa ou quando ela faz algo que costuma gostar, aquilo parece não produzir a mesma alegria. Esse sintoma tem o nome de anedonia; O cérebro, que é o maestro de todo o corpo, perde também a capacidade de sincronizar o funcionamento de outros órgãos. Desta forma a pessoa com depressão pode sentir o coração mais acelerado, ou o intestino solto ou muito preso, pode sentir tonturas, náuseas, falta de ar e muitos outros sintomas físicos. É importante frisar que em um quadro de depressão, essas alterações de funcionamento podem ser leves em muitos pacientes, mas mesmo assim estarem presentes. A gravidade de um quadro de depressão é avaliada por uma pontuação estabelecida para cada uma destas alterações de funcionamento. Assim também, conseguimos saber o grau de melhora durante o acompanhamento. 3. Intensidade Um sentimento considerado normal, não afeta a produtividade cotidiana de ninguém. Assim é a tristeza normal. Ou seja, mesmo quando está triste por algum acontecimento, a pessoa consegue fazer suas tarefas diárias e manter sua rotina de forma normal. A tristeza não tira a concentração, energia ou habilidades de forma que prejudique suas atividades. Enquanto isso, a depressão impacta no funcionamento do corpo e afeta suas atividades diárias em pelo menos uma ou várias esferas da vida. Pode ser desde uma discreta perda de produtividade no trabalho, ou ainda dificuldades nos relacionamentos se afastando do convívio social, ou mesmo uma dificuldade para construir uma realização pessoal em suas atividades por não encontrar satisfação em suas conquistas. E nem preciso dizer que a depressão pode levar ao suicídio, caso não tratada e agravada com o tempo. Causas e aspectos químicos (ou melhor, biológicos) A maior prova de que a depressão é diferente de um estado normal de tristeza é uma coisa chamada de “neuroinflamação”. Ou seja, hoje em dia temos inúmeras pesquisas mostrando que quando uma pessoa tem os três pontos chave citados acima, é possível identificar diversas substâncias relacionadas à inflamação em algumas regiões do cérebro. Em outras palavras, durante um quadro de depressão o cérebro fica “inflamado”, e justamente por causa disto, alguns circuitos cerebrais deixam de funcionar como deveriam.  Da mesma forma que um joelho fica inflamado e não dobra direito se você sofrer uma torção. E nas pesquisas, essa inflamação não é observada no cérebro de pessoas com uma tristeza normal. E ela ocorre pela combinação de diversos fatores, entre eles fatores genéticos e biológicos, fatores psicológicos ou de caráter, e também fatores ambientais ou coisas que acontecem durante a vida. Mas vou deixar essa conversa pra outro texto! Restabeleça a comunicação! Pronto, agora você já sabe que a

Depressão não é tristeza, tristeza não é depressão! Read More »

Avaliações psiquiátricas assertivas podem salvar vidas

Além da precisão do diagnóstico, é também essencial que o resultado esteja dentro do esperado para o tratamento Todo tratamento psiquiátrico tem como ponto de partida um diagnóstico preciso do problema. De preferência, que seja precoce. É importante frisar que diagnosticar problemas de saúde mental é totalmente diferente de rotular, classificar ou até categorizar as pessoas em si. Cada indivíduo tem a sua personalidade e é único em seus desejos e memórias. No entanto, no que diz respeito ao funcionamento dos circuitos cerebrais do sistema nervoso, há um padrão mental de normalidade, sim. Quando um diagnóstico de saúde mental é estabelecido, a alteração no padrão de funcionamento desses circuitos cerebrais é identificada. Assim descobre-se quais deles estão alterados e que tipo de modificação apresentam. Embora ainda não existam exames capazes de detectar esses problemas, tais disfunções podem ser vistas por meio de uma análise detalhada do paciente. O “pano de fundo” são suas emoções, comportamento, cognição e qualidade do sono, por exemplo. Esse processo é chamado de “Sinais e Sintomas”. O psiquiatra deve trabalhar em parceria com o paciente para identificar todos os sintomas e sua evolução. O principal gargalo, no entanto, é que esses estudos para diagnósticos exigem habilidade e especialização técnica. Isso exige um investimento financeiro alto para o paciente. Apenas 40% dos tratamentos para depressão funcionam de acordo com a primeira avaliação. Em casos de transtorno bipolar, a pessoa pode sofrer por até oito anos até que seu diagnóstico seja realmente descoberto. Emergências e urgências As emergências e urgências relacionadas aos problemas de saúde mental, normalmente, são em virtude da esquizofrenia, ataques de pânico e depressão. Tais situações exigem, além de uma intervenção médica emergencial, um diagnóstico preciso. A eficácia da abordagem profissional é necessária para reduzir quaisquer impactos negativos das desordens mentais sobre a vida da pessoa. Estamos falando da perda da autonomia, do sofrimento psíquico e do comprometimento da função social do paciente. A precisão diagnóstica é essencial para a adoção de uma conduta mais assertiva, cujo propósito é o rápido controle do quadro clínico. Soluções A partir disso, a MentalMe desenvolveu uma solução que facilita o acesso de pacientes a um diagnóstico preciso, tendo como aliada a tecnologia. Adaptamos questionários de pesquisas científicas para uma utilização mais comum entre pacientes e médicos. O principal deles é o Structured Clinical Interview for DSM-5, desenvolvido por diversos pesquisadores da Associação Americana de Psiquiatria (APA) ao longo de décadas, considerado “Padrão Ouro” no quesito diagnóstico. A MentalMe trabalhou para adaptar esse questionário. Assim, o paciente pode respondê-lo em seu próprio tempo, conforto do lar e com uma linguagem simples. Depois, é só apresentá-lo na consulta. As respostas ajudarão a fechar o diagnóstico. Isso amplia a probabilidade de um tratamento que produza melhora mais rápida, completa e com o mínimo de efeitos adversos. Todo tratamento oferecido pela MentalMe é escolhido conforme diretrizes e protocolos baseados em evidências. Os alicerces são resultados de pesquisas científicas publicadas mundo afora. Tais protocolos, por sinal, envolvem prazos esperados para a melhora e estratégias para seguir adiante com o próximo passo, talvez com a aplicação de medicamentos. É importante ressaltar que, além da precisão do diagnóstico, é também essencial que o resultado esteja dentro do esperado para o respectivo tratamento. Pela MentalMe, isso é feito com acompanhamento semanal por meio do nosso aplicativo, que mostra a regressão de cada um dos sintomas apresentados. O monitoramento permite que o psiquiatra responsável veja se há uma melhora ou piora do quadro. Isso, antes mesmo que o próprio paciente perceba, podendo tomar decisões de ajustes e possíveis recaídas para situações de urgência ou emergência. A missão da MentalMe sempre foi e sempre será oferecer precisão e eficiência na condução dos tratamentos do cérebro. Tudo com diagnósticos assertivos e diretos. Não há tempo a perder quando o assunto é saúde mental. Procure por ajuda e tenha liberdade para ser feliz!

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Eletrochoque: esclarecer é necessário

Embora apontado apenas como ferramenta de tortura, o eletrochoque, ou melhor,  a eletroconvulsoterapia (ECT) é recomendada e utilizada até hoje em alguns casos psiquiátricos. Entenda como e porque Antigamente, a eletroconvulsoterapia (ECT) era conhecida como eletrochoque – um tratamento clínico psiquiátrico que promove a indução de uma crise convulsiva por meio de uma corrente elétrica. Parece assustador? Acredite: a eletroconvulsoterapia pode ser importante em alguns tipos de tratamento. Inicialmente, o método era aplicado em pacientes com quadros graves de esquizofrenia, porém, mais tarde, se fez útil também no tratamento de transtornos afetivos, especialmente a depressão, e em outras circunstâncias específicas. Infelizmente, muitas pessoas foram levadas a associar a ECT com a tortura e até mesmo a uma forma de castigo ou punição desumana. Tais estigmas surgiram pelo mal uso do procedimento em muitos casos, como retrata o filme Bicho de Sete Cabeças. A ECT existe desde a década de 30, quando foi observado que pacientes com problemas mentais graves e que apresentavam também epilepsia, com certa frequencia tinham melhora após uma convulsão. Foi então que as crises convulsivas passaram a ser provocadas com o objetivo de melhorar quadros de problemas mentais graves e refratários. Em outras palavras: uma convulsão ou crise epilética controlada era induzida, com a finalidade de curar um problema mental. Como funciona? A ECT funciona da mesma forma que a cardioversão (o choque no coração), ou seja, assim como acontece com o coração durante a fibrilação ventricular no caso de parada cardíaca, o funcionamento dos impulsos nervosos também é “resetado”. Neste sentido, o cérebro do doente mental é praticamente reorganizado e os circuitos passam a funcionar novamente de forma adequada. No caso da ECT, a intensidade da corrente elétrica aplicada no cérebro é de 10 a 100 vezes menor em comparação à corrente aplicada no choque da fibrilação no peito. Já a duração do choque é de um a cinco milisegundos, o suficiente para provocar uma crise convulsiva que dura de 40 a 60 segundos. Qual é a indicação? A ECT apresenta alta taxa de recuperação para quadros de depressão e esquizofrenia – 60% a 100% sem uso de medicação. Quando trabalhada juntamente com o uso de medicamentos, a taxa de eficácia é de 40% a 60%. A eletroconvulsoterapia também é indicada em quadros cuja melhora deve ser rápida, por exemplo, quando o paciente dá indícios de um possível suicídio ou também apresenta quadros com catatonia. Este último é quando a pessoa não responde aos estímulos do ambiente, sofrendo iminente risco de morte por desidratação e privação alimentar. Outra indicação para a ECT é no caso da contraindicação do uso de medicações psiquiátricas, como os portadores de doenças cardíacas, renais e/ou hepáticas. Também, em situações nas quais as medicações já não fazem mais efeito mesmo com a correta utilização. Como a ECT é realizada? Primeiramente, o paciente passa por uma rígida avaliação médica, incluindo a realização de diversos exames laboratoriais, clínicos e de imagem. Para o procedimento em si, ele é anestesiado como quem vai fazer uma endoscopia, por exemplo. É isso mesmo! Hoje em dia, a ECT não dói, não machuca, não causa sofrimento. É importante saber disso! Aliás, a má fama do tratamento existe também em decorrência da falta da anestesia nos primórdios do método. O paciente recebia o choque acordado, o que gerava um sofrimento inestimável. Atualmente, pouco antes da realização, a pessoa recebe uma medicação que evita a contração dos músculos durante a convulsão. Antigamente, essa prática também não era adotada, o que causava até fraturas durante a crise convulsiva. No final, a pessoa ainda cumpre um período de recuperação anestésica e parte para novas etapas do tratamento psiquiátrico. A ECT pode ser feita em um hospital ou clínica psiquiátrica, em regime de internação ou ambulatorial – dependendo de cada caso. Qual o principal mito atualmente? A ECT não “queima os neurônios” e tem muito menos efeitos adversos do que normalmente se imagina. A consequência que se conhece é uma dificuldade de memória de lembrar coisas recentes, que pode ser de leve a moderada e é quase sempre transitória. Importante salientar que apesar disso, o tratamento pode até prevenir alterações no funcionamento e na estrutura do cérebro causadas pelo curso crônico da depressão, por exemplo. Por isso, é preciso separar a técnica e a eficácia da ECT dos mitos criados pela má utilização do procedimento. O preconceito vindo de tempos passados não pode mais ser motivo de privação para que pacientes em sofrimento psiquiátrico grave possam recuperar a saúde e ter qualidade de vida. O conhecimento é essencial, procure por um especialista e tire suas dúvidas!

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