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novembro 2021

É tarja preta?

As tarjas das medicações ajudam a entender qual o tipo de controle deve haver na comercialização Oi, como está? Espero que bem! Periodicamente, reservo um tempo para escrever e esclarecer algumas dúvidas sobre as doenças emocionais do cérebro, também chamadas de doenças psiquiátricas, e a melhor forma de superá-las com tratamentos, medicações, diagnósticos, acompanhamentos, monitoramentos etc. Um dos assuntos que merecem esclarecimento são as famosas medicações com “tarja preta”, que ganharam uma fama equivocada ao longo de anos e anos. Quem nunca ouviu: “nossa, tal pessoa toma remédio tarja preta”! Como se fosse um bicho de sete cabeças. Fato é que esse tipo de comentário mostra muita desinformação a respeito do assunto. Por isso, estamos aqui! Vamos falar sobre isso? Continue lendo… Orientações básicas Primeiramente, todos os medicamentos com tarja precisam de indicação e acompanhamento médico para sua utilização. Diferente dos Medicamentos Isentos de Prescrição que são vendidos livremente nas gôndolas da farmácia. Já a cor da tarja refere-se ao grau de controle sobre aquela substância. Aqueles com tarja vermelha precisam de indicação e acompanhamento médico e, para alguns, é necessário que a receita fique retida e registrada na farmácia. Já os medicamentos com tarja preta têm essa tarja por exigir um controle muito maior para sua utilização. São comprados apenas com receitas amarelas ou azuis, que exigem um controle do profissional que as prescreve também. Essas medicações, diferente daquelas com tarja vermelha, exigem todo este controle porque “podem de causar dependência”. Apesar deste potencial nocivo, essas medicações são importantes no tratamento de problemas emocionais do cérebro, os chamados problemas psiquiátricos, já que podem aliviar o sofrimento de forma rápida, muitas vezes imediata. No tratamento medicamentoso dos problemas de saúde emocional do cérebro, geralmente as medicações que irão resolver o problema de forma definitiva, não agem imediatamente. Ao contrário, costumam produzir uma melhora lenta e gradativa ao longo de várias semanas até que o problema fique definitivamente sob controle. Essas medicações não causam dependência e são aquelas que tem a tarja vermelha. Assim, como a medicação principal para o tratamento demora para produzir um efeito benéfico, precisamos por um curto período, usar uma outra medicação que possa proporcionar conforto e aliviar o sofrimento de forma imediata. Estas medicações, exatamente por possuírem um efeito imediato, têm potencial de causar dependência. São essas que possuem a tarja preta. Dependência? A preocupação com “dependência” de medicamentos é legítima! A dependência decorre principalmente do uso incorreto das medicações com tarja preta. Por exemplo, quando o diagnóstico é incorreto ou impreciso, o tratamento de longo prazo tem menos chance de produzir o resultado esperado. Com isso a pessoa acaba usando a medicação tarjada por mais tempo – e é exatamente isso que causa a dependência. É importante esclarecer que fazer uso da medicação tarja preta de forma correta, por períodos curtos e com acompanhamento do psiquiatra, não causa dependência. Por isso, a MentalMe sempre alerta a respeito da importância do diagnóstico assertivo e precoce. Sintomas quando há dependência Quando acontece o que acabamos de falar, sobre o diagnóstico errado, que leva a um tratamento ineficaz e ao uso exagerado dos remédios tarjados, a pessoa pode se tornar dependente da medicação. Neste sentido, existem algumas coisas que caracterizam a dependência: 1. Abstinência: na falta da medicação, a pessoa dependente apresenta quase que de imediato, sintomas físicos e emocionais de abstinência. Entre eles, apatia, irritabilidade, alterações no sono e mudança no apetite. 2. Aumento progressivo da dose: o paciente que se tornou dependente do medicamento tarjado sente depois de algum tempo, que precisa de doses cada vez maiores para atingir a mesma sensação que antes. Isso leva a falta de controle total sobre a quantidade do uso. 3. Problemas sociais na procura pela substância: tanto para poder usar a medicação quanto por conta dos efeitos causados pela dependência, a pessoa tende a abandonar suas atividades diárias, entre elas, trabalho, estudos, vida social etc. Uso contínuo e correto da medicação para tratamentos Ao contrário dos remédios de tarja preta, as medicações de tarja vermelha não causam dependência. Utilizando-as, o paciente não apresenta sintomas de abstinência de forma imediata sem o uso. Se fica sem a medicação, a pessoa pode apresentar uma recidiva do problema de saúde depois de alguns dias sem o tratamento, o que não significa abstinência. Também não apresenta necessidade de aumento progressivo da dose se o diagnóstico estiver correto. Quando o quadro está controlado, a pessoa não tem necessidade de aumentar a dose. Ao contrário disso, é possível até partir para uma redução da quantidade e dependendo do tipo de quadro, até suspender o tratamento. O uso da medicação de forma correta passa de forma natural pela vida da pessoa, como acontece com outros tratamentos médicos. Depois de tudo, ela não busca medicação por conta própria, não há essa necessidade. E também ela não sente a necessidade de abandonar suas atividades por conta do tratamento. Diferente disso, com uma plena recuperação, o paciente mantém sua rotina e atividades com sucesso, de forma mais produtiva e eficiente. Desmistificar é preciso! Toda medicação apresenta prós e contras. É importante que seu uso produza sempre mais efeitos vantajosos do que prejudiciais. O melhor custo/benefício com qualquer tratamento só é obtido com um uso correto e bem indicado da medicação. Medicações tarjadas só tendem a dar errado se não forem usadas de forma correta com indicação de especialistas. E mais ainda, quando o diagnóstico não é preciso. Procure por ajuda especializada e não tenha medo do caminho para recuperar a liberdade para ser feliz! 

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Pandemia: depressão e ansiedade bateram recorde de casos

Além do recorde de casos, estamos falando mais sobre ansiedade e depressão Se você gosta de séries e documentários, deve ter visto uma chamada na Netflix para o documentário Naomi Osaka – estrela do tênis. O documentário estreou no Brasil em 16 de julho deste ano e conta a trajetória de Naomi Osaka, tenista japonesa que, entre outros feitos, decide falar abertamente sobre sua relação com episódios depressivos desde a adolescência. Naomi foi inclusive capa da revista Time em julho de 2021 com o interessante título “it´s ok not to be ok” (em tradução livre: está tudo be, não estar tudo bem) Naomi é uma atleta de altíssima performance. Chegou a ser considerada a melhor tenista do mundo em 2019. Foi ela quem acendeu a pira olímpica no evento de abertura das olimpíadas de Tokio em 2021, mesmo convivendo com sintomas característicos de um episódio depressivo, como tristeza, falta de prazer nas atividades do dia a dia e falta de energia. Caso real Em maio deste ano, após estrear com vitória no torneio de Rolland Garros, Naomi decide abandonar o torneio. Motivo? A saúde emocional do seu cérebro. À época, Naomi foi às redes sociais para justificar a saída do torneio: “A verdade é que eu tenho sofrido longos períodos de depressão desde o US Open de 2018 e eu tive muita dificuldade em lidar com isso. Todos que me conhecem sabem que sou introvertida, e todos que me viram em torneios notam que eu geralmente estou com fones de ouvido porque eles ajudam a aplacar minha ansiedade mental. Embora a imprensa especializada em tênis tenha sempre sido carinhosa comigo (e eu quero me desculpar sobretudo com os jornalistas legais que eu possa ter magoado), eu não sou uma oradora natural e tenho enormes crises de ansiedade antes de falar com a imprensa. Eu fico realmente nervosa e acho realmente estressante me conectar e dar as melhores respostas que gostaria. Ao conhecer uma história como essa, vai ficando claro como existem uma série de mecanismos envolvendo genética, anatomia cerebral e neurotransmissores desencadeando as doenças emocionais do cérebro. E quando esses mecanismos agem em conjunto, não há dinheiro ou status que impeçam o surgimento de sintomas depressivos e ansiosos. Esse ponto é interessante: existe uma visão de que, se a vida da pessoa é boa – ou seja, se há um bom relacionamento com o cônjuge, se há filhos, se há emprego e renda – não pode acontecer o adoecimento na saúde mental do cérebro. O exemplo da tenista japonesa mostra o contrário. E a ciência avança no século 21 buscando entender cada vez mais esses mecanismos biológicos cerebrais. Contra estudos não há argumentos! O número de casos de depressão e ansiedade vem aumentando no mundo todo. Um trabalho publicado recentemente na revista científica The Lancet avaliou os impactos globais da pandemia da Covid-19 na epidemiologia do transtorno depressivo maior e do transtorno de ansiedade. A pesquisa quantificou a carga dos transtornos por idade, sexo e localização, em 204 países. Mulheres e jovens estão entre os grupos mais afetados. O Brasil foi um dos destaques da pesquisa como um dos países cuja saúde emocional do cérebro foi mais afetada. De No mundo todo, a estimativa de novos casos de depressão aumentou, com a pandemia, de 193 para 246 milhões de pessoas. Para novos casos de ansiedade, a previsão aumentou de 298 para 374 milhões de habitantes. Perspectivas Como vimos, o número de pessoas acometidas com prejuízos na saúde mental do cérebro aumento com a pandemia. A grandeza de Naomi Osaka ao falar abertamente sobre sintomas depressivos e ansiosos pode inspirar outras pessoas na mesma situação a buscar ajuda profissional. Ajuda a quebrar tabus. Ajuda a questionar o bordão “se minha vida está boa, como posso estar com depressão?”. Ou ainda “eu posso controlar minha mente, por que estou tendo crises de pânico?”. O conhecimento técnico, anatômico e biológico, ajuda não apenas com o diagnóstico, mas direciona um caminho, um tratamento. Mais do que isso: permite monitorar sintomas ao longo do tratamento, permitindo ao médico uma série de ajustes nos medicamentos. Essa medicina individualizada é a marca da medicina do século 21. Nós da MentalMe estamos antenados no que há de mais moderno no diagnóstico, no tratamento e no acompanhamento dos nossos pacientes. No tênis, um ace é um ponto direto do saque, sem chance para o adversário. Tratar o paciente de modo individualizado é um ace no tratamento da saúde emocional do cérebro.

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Depressão não é tristeza, tristeza não é depressão!

Olá! Vamos falar sobre depressão? Sim, mais uma vez neste assunto, mas agora com o objetivo de mostrar as principais diferenças entre a doença e o sentimento de tristeza. O motivo deste post é ajudar as pessoas no discernimento de suas emoções ou quadros psiquiátricos. Serve tanto para quem está enfrentando problemas no cotidiano e sentindo uma enorme tristeza, mas já achando que é depressão, e também para quem está com depressão, porém empurrando a situação com a “barriga”, como se fosse uma mera tristeza passageira. Conhecer a diferença entre emoções normais e sintomas, certamente, pode ajudar cada um a entender o que, de fato, está sentindo e se precisa da ajuda de um psiquiatra. Protelar um tratamento só agrava a doença. Portanto, estou aqui para ajudar! Veja os 3 pontos chave para diferenciar tristeza de depressão:   1. Persistência da emoção Ao passo em que o sentimento normal de tristeza aparece apenas por algumas horas durante poucos dias, a tristeza da depressão dura quase a maior parte do tempo durante pelo menos duas semanas. Quando não é detectada e não há o tratamento correto, pode persistir por meses ou anos. Muitas vezes a pessoa acaba entendendo essa tristeza como uma caraterística pessoal. Outra coisa, a tristeza normal é limitada a um evento muito bem definido, tal como a perda de um emprego, a separação de um relacionamento, a perda de um ente querido, etc. Já a tristeza da depressão pode aparecer sem nenhum motivo ou acontecimento. Outras vezes, ela até tem motivo, mas a própria pessoa, ou seus contatos próximos, percebem que parece mais intensa ou durando mais do que o esperado. Ou seja, na depressão, mesmo quando há um motivo para a infelicidade, a tristeza permeia e invade outras esferas da vida da pessoa depressiva. Uma outra forma muito comum de identificar que a tristeza é decorrente de uma depressão, é quando ela aparece diante de várias situações ou motivos. Quando tudo é motivo para tristeza e pessimismo, é mais provável que a tristeza seja decorrente da depressão. 2. Biologia – Alterações no funcionamento cerebral O funcionamento biológico não sofre alterações quando uma pessoa sente tristeza, de modo que ela não se sente doente de forma alguma. Um indivíduo triste sente apenas a emoção e pode ser de diferentes formas: há quem chore, há quem queira ficar sozinho por um tempo, há quem ria de nervoso, etc. Mas o corpo continua funcionando de forma normal. Ou seja, a capacidade do sistema nervoso de exercer suas funções como sono, concentração, energia, motivação, apetite, controle dos pensamentos, etc, está preservada, intacta. Já no caso de uma pessoa com depressão, o sistema nevoso passa a não conseguir mais executar suas funções básicas. São diversas alterações de funcionamento que podem ser identificadas. Vou citar as mais comuns: o cérebro começa a ter dificuldade em regular o sono, então a pessoa começa pode ter dificuldade para dormir ou sentir sono excessivamente; o cérebro perde a capacidade de controlar o apetite, então a pessoa pode comer compulsivamente ou outras vezes, perder completamente o apetite ao ponto de perder o paladar; o cérebro passa a ter dificuldade em regular a velocidade e o controle dos próprios pensamentos, levando a dificuldades de concentração ou de tomar decisões em coisas simples do dia; O cérebro muitas vezes começar a ter dificuldades para modular emoções, então mesmo quando algo bom acontece com a pessoa ou quando ela faz algo que costuma gostar, aquilo parece não produzir a mesma alegria. Esse sintoma tem o nome de anedonia; O cérebro, que é o maestro de todo o corpo, perde também a capacidade de sincronizar o funcionamento de outros órgãos. Desta forma a pessoa com depressão pode sentir o coração mais acelerado, ou o intestino solto ou muito preso, pode sentir tonturas, náuseas, falta de ar e muitos outros sintomas físicos. É importante frisar que em um quadro de depressão, essas alterações de funcionamento podem ser leves em muitos pacientes, mas mesmo assim estarem presentes. A gravidade de um quadro de depressão é avaliada por uma pontuação estabelecida para cada uma destas alterações de funcionamento. Assim também, conseguimos saber o grau de melhora durante o acompanhamento. 3. Intensidade Um sentimento considerado normal, não afeta a produtividade cotidiana de ninguém. Assim é a tristeza normal. Ou seja, mesmo quando está triste por algum acontecimento, a pessoa consegue fazer suas tarefas diárias e manter sua rotina de forma normal. A tristeza não tira a concentração, energia ou habilidades de forma que prejudique suas atividades. Enquanto isso, a depressão impacta no funcionamento do corpo e afeta suas atividades diárias em pelo menos uma ou várias esferas da vida. Pode ser desde uma discreta perda de produtividade no trabalho, ou ainda dificuldades nos relacionamentos se afastando do convívio social, ou mesmo uma dificuldade para construir uma realização pessoal em suas atividades por não encontrar satisfação em suas conquistas. E nem preciso dizer que a depressão pode levar ao suicídio, caso não tratada e agravada com o tempo. Causas e aspectos químicos (ou melhor, biológicos) A maior prova de que a depressão é diferente de um estado normal de tristeza é uma coisa chamada de “neuroinflamação”. Ou seja, hoje em dia temos inúmeras pesquisas mostrando que quando uma pessoa tem os três pontos chave citados acima, é possível identificar diversas substâncias relacionadas à inflamação em algumas regiões do cérebro. Em outras palavras, durante um quadro de depressão o cérebro fica “inflamado”, e justamente por causa disto, alguns circuitos cerebrais deixam de funcionar como deveriam.  Da mesma forma que um joelho fica inflamado e não dobra direito se você sofrer uma torção. E nas pesquisas, essa inflamação não é observada no cérebro de pessoas com uma tristeza normal. E ela ocorre pela combinação de diversos fatores, entre eles fatores genéticos e biológicos, fatores psicológicos ou de caráter, e também fatores ambientais ou coisas que acontecem durante a vida. Mas vou deixar essa conversa pra outro texto! Restabeleça a comunicação! Pronto, agora você já sabe que a

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Transtorno alimentar vamos falar sobre isso MentalMe_Blog

Transtorno alimentar: vamos falar sobre isso?

Combinação de anormalidades biológicas, psicológicas e ambientais contribuem para desencadear a doença, mas tem tratamento! Você conhece o velho ditado: “mente sã, corpo são”? Ele está intimamente ligado a um problema que afeta muitas pessoas: o transtorno alimentar. Essa doença mental é caracterizada por hábitos alimentares irregulares (em excesso ou quase nada), por causa da preocupação com o peso ou o formato do corpo. Para além do desejo de um corpo saudável e do cuidado com a aparência – que é natural, saudável e bom para a autoestima –, os transtornos alimentares trazem uma preocupação doentia com a alimentação e o corpo. O transtorno alimentar é uma doença psiquiátrica que prejudica a saúde física e frequentemente traz problemas no dia a dia e nas relações sociais. Um transtorno alimentar pode acontecer isoladamente em apenas 30% das pessoas. Na maioria das vezes, mais precisamente em 70% das pessoas, o transtorno aparece junto de outros problemas psiquiátricos como ansiedade, depressão, transtorno bipolar, entre outros. Cerca de 5 a 10% das mulheres tem algum tipo de transtorno alimentar, já entre os homens essa taxa é de 0,5 a 1%. Embora seja mais comum em mulheres, o transtorno alimentar pode se desenvolver também em homens. Além disso, pode se manifestar durante qualquer fase da vida – infância, adolescência ou vida adulta. Porém, é mais comum acontecer durante a adolescência ou na idade adulta jovem. Causas O transtorno alimentar acontece por dois principais motivos: descontrole dos impulsos ou por distorção na autoimagem. Assim como outras doenças, há uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e ambientais. Juntos, eles desencadeiam um transtorno alimentar. Neste sentido, vale citar alguns fatores que podem predispor, desencadear e/ou manter o transtorno. São eles: 1. Problemas de relacionamento em família; 2. Rigidez ou expectativa excessiva dos pais na educação dos filhos; 3. Estresse grave materno no período pré-natal; 4. Diagnóstico de outras doenças psiquiátricas, como depressão, ansiedade e transtorno de personalidade; 5. Baixa autoestima; 6. Autocrítica em excesso; 7. Necessidade pessoal de adequação a padrões de estética ou beleza; 8. Abuso de substâncias químicas (álcool e drogas); Os sintomas e consequências dessa doença psiquiátrica podem ser fatais se não forem tratados. A boa notícia é que existem tratamentos eficazes. Para que o tratamento seja eficaz é de grande importância que ele seja feito especificamente para o tipo de transtorno apresentado, ao mesmo tempo em que sejam tratados também os outros quadros que frequentemente aparecem junto do transtorno. Portanto, é essencial que o profissional de saúde mental faça uma investigação detalhada e ativa para identificar todos os sintomas que possam caracterizar de forma mais específica o transtorno alimentar, bem como outros quadros que possam estar associados. Confira os três tipos de transtornos alimentares mais comuns e seus sintomas: 1. Anorexia Nervosa Você já ouviu falar? Esse tipo de transtorno alimentar leva a mulher ou o homem a ter um medo obsessivo de ganhar peso. A pessoa se recusa a manter um peso corporal saudável porque adquire uma percepção irreal da sua imagem. Infelizmente, o que acaba acontecendo é que muitos limitam fortemente a quantidade de comida que consomem e se consideram sempre com sobrepeso, mesmo estando nitidamente (para os outros) abaixo do peso. Esse limite de comida é no sentido literal da palavra: a pessoa, praticamente, para de comer ou ingere algo irrisório apenas para se manter de pé. A Anorexia pode resultar em efeitos devastadores para a saúde, como danos cerebrais, insuficiência de múltiplos órgãos (devido à falta de nutrientes), perda óssea, dificuldades cardíacas e infertilidade. O risco de morte também não é descartado. 2. Bulimia Nervosa Diferentemente da Anorexia, a Bulimia é caracterizada pela compulsão alimentar, quando a pessoa come repetidas vezes durante o dia (muitas vezes mesmo). Depois, ela tenta compensar esses excessos com vômitos forçados, exercícios excessivos ou o uso frequente de laxantes ou diuréticos. Seja mulher ou homem, pacientes que sofrem de Bulimia, geralmente, apresentam medo extremo de ganhar peso e se sentem gravemente infelizes com o tamanho e forma do corpo. E detalhe, o ciclo de compulsão e purgação (ato de colocar o alimento para fora) é, tipicamente, realizado em segredo. Isso cria, inclusive, sentimentos de vergonha, culpa e, cada vez mais, a falta de controle. Entre os efeitos da Bulimia estão: problemas gastrointestinais, desidratação grave e dificuldades cardíacas – tudo como resultado de um desequilíbrio eletrolítico. Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica Aqui, neste terceiro tipo, é importante ressaltar que as pessoas que sofrem dessa doença, frequentemente, perdem o controle sobre sua própria alimentação. Mas, como assim? Elas comem excessivamente, em pequenos espaços de tempo. Porém, diferentemente da Bulimia, o Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica não apresenta episódios de compulsão seguidos por comportamentos compensatórios. O paciente pode adquirir obesidade e alto risco de desenvolver outras condições, como doenças cardíacas, por exemplo. Mulheres e homens que lutam contra esse distúrbio também podem enfrentar sentimentos intensos de culpa, angústia e constrangimento relacionados à compulsão alimentar. Como resultado, acontece a progressão do transtorno alimentar. Se você se identificou com alguma informação, procure por um médico psiquiatra e peça ajuda. Com uma avaliação de diagnóstico assertiva e tratamento adequado existe uma grande probabilidade de recuperar o controle sobre a alimentação e ter uma vida mais saudável, livre e feliz! Sua saúde merece atenção e você também! * Informações baseadas no estudo: Keski-Rahkonen A, Mustelin L. Epidemiology of eating disorders in Europe: prevalence, incidence, comorbidity, course, consequences, and risk factors. Curr Opin Psychiatry. 2016 Nov;29(6):340-5. doi: 10.1097/YCO.0000000000000278. PMID: 27662598.

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Avaliações psiquiátricas assertivas podem salvar vidas

Além da precisão do diagnóstico, é também essencial que o resultado esteja dentro do esperado para o tratamento Todo tratamento psiquiátrico tem como ponto de partida um diagnóstico preciso do problema. De preferência, que seja precoce. É importante frisar que diagnosticar problemas de saúde mental é totalmente diferente de rotular, classificar ou até categorizar as pessoas em si. Cada indivíduo tem a sua personalidade e é único em seus desejos e memórias. No entanto, no que diz respeito ao funcionamento dos circuitos cerebrais do sistema nervoso, há um padrão mental de normalidade, sim. Quando um diagnóstico de saúde mental é estabelecido, a alteração no padrão de funcionamento desses circuitos cerebrais é identificada. Assim descobre-se quais deles estão alterados e que tipo de modificação apresentam. Embora ainda não existam exames capazes de detectar esses problemas, tais disfunções podem ser vistas por meio de uma análise detalhada do paciente. O “pano de fundo” são suas emoções, comportamento, cognição e qualidade do sono, por exemplo. Esse processo é chamado de “Sinais e Sintomas”. O psiquiatra deve trabalhar em parceria com o paciente para identificar todos os sintomas e sua evolução. O principal gargalo, no entanto, é que esses estudos para diagnósticos exigem habilidade e especialização técnica. Isso exige um investimento financeiro alto para o paciente. Apenas 40% dos tratamentos para depressão funcionam de acordo com a primeira avaliação. Em casos de transtorno bipolar, a pessoa pode sofrer por até oito anos até que seu diagnóstico seja realmente descoberto. Emergências e urgências As emergências e urgências relacionadas aos problemas de saúde mental, normalmente, são em virtude da esquizofrenia, ataques de pânico e depressão. Tais situações exigem, além de uma intervenção médica emergencial, um diagnóstico preciso. A eficácia da abordagem profissional é necessária para reduzir quaisquer impactos negativos das desordens mentais sobre a vida da pessoa. Estamos falando da perda da autonomia, do sofrimento psíquico e do comprometimento da função social do paciente. A precisão diagnóstica é essencial para a adoção de uma conduta mais assertiva, cujo propósito é o rápido controle do quadro clínico. Soluções A partir disso, a MentalMe desenvolveu uma solução que facilita o acesso de pacientes a um diagnóstico preciso, tendo como aliada a tecnologia. Adaptamos questionários de pesquisas científicas para uma utilização mais comum entre pacientes e médicos. O principal deles é o Structured Clinical Interview for DSM-5, desenvolvido por diversos pesquisadores da Associação Americana de Psiquiatria (APA) ao longo de décadas, considerado “Padrão Ouro” no quesito diagnóstico. A MentalMe trabalhou para adaptar esse questionário. Assim, o paciente pode respondê-lo em seu próprio tempo, conforto do lar e com uma linguagem simples. Depois, é só apresentá-lo na consulta. As respostas ajudarão a fechar o diagnóstico. Isso amplia a probabilidade de um tratamento que produza melhora mais rápida, completa e com o mínimo de efeitos adversos. Todo tratamento oferecido pela MentalMe é escolhido conforme diretrizes e protocolos baseados em evidências. Os alicerces são resultados de pesquisas científicas publicadas mundo afora. Tais protocolos, por sinal, envolvem prazos esperados para a melhora e estratégias para seguir adiante com o próximo passo, talvez com a aplicação de medicamentos. É importante ressaltar que, além da precisão do diagnóstico, é também essencial que o resultado esteja dentro do esperado para o respectivo tratamento. Pela MentalMe, isso é feito com acompanhamento semanal por meio do nosso aplicativo, que mostra a regressão de cada um dos sintomas apresentados. O monitoramento permite que o psiquiatra responsável veja se há uma melhora ou piora do quadro. Isso, antes mesmo que o próprio paciente perceba, podendo tomar decisões de ajustes e possíveis recaídas para situações de urgência ou emergência. A missão da MentalMe sempre foi e sempre será oferecer precisão e eficiência na condução dos tratamentos do cérebro. Tudo com diagnósticos assertivos e diretos. Não há tempo a perder quando o assunto é saúde mental. Procure por ajuda e tenha liberdade para ser feliz!

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