MentalMe

setembro 2021

Radicalismo é doença

Radicalismo é doença?

O radicalista possui uma visão unilateral e rígida dos acontecimentos e isso pode ser sinal de doença psiquiátrica. Entenda o porquê O Talibã invadiu o Afeganistão e assumiu novamente o controle do país, após o fim dos 20 anos em que as tropas norte-americanas ocuparam o local. Muitos acreditam que a vida no país seja transformada radicalmente, ainda que o grupo fundamentalista diga que “pegará mais leve” desta vez. Minorias étnicas, mulheres e grupos religiosos temem por sua segurança. Esse medo se dá pelo histórico de desrespeito do Talibã aos direitos humanos – fruto de um radicalismo extremo, com desdobramentos históricos. Esse episódio trouxe de volta à pauta temas como radicalismo e o fanatismo. Não queremos fazer um paralelo ao que acontece no Afeganistão, mas refletir sobre esses assuntos e mostrar que a adesão de pessoas a esses movimentos extremistas, com a justificativa de se identificarem com tais ideologias, pode ser um sinal de alerta. O radicalismo e o fanatismo, em pleno ano de 2021, no sentido filosófico, podem ser definidos como doutrinas que pregam o uso de ações revolucionárias que visam a transformação da sociedade. Porém, para a psiquiatria, essa adesão pode ser resultado de uma rigidez e impermeabilidade cognitivas, ou seja, tal apreço por movimentos radicais pode ser um delírio impermeável à argumentação lógica. Então, o radicalismo, bem como o fanatismo, podem ser a manifestação de um problema mental? Sim, pode! E nem estamos falando só de pessoas que entram para grupos radicais ou que praticam atos terroristas. Mas também de pessoas que, no dia a dia, podem apresentar comportamentos estranhos ou exagerados, o que pode ser sinal de alguns sintomas de doenças psiquiátricas. O radicalismo, normalmente, vem depois do fanatismo. O indivíduo passa a seguir um sistema ou doutrina, cuja dedicação é extrema. Ao se tornar fanático, suas atitudes se tornam extremamente radicais. O cérebro passa a dar sinais de intransigência, obstinação e a pessoa não aceita qualquer questionamento – semelhantemente a um tipo de compulsão. Há casos em que as pessoas que aderem a grupos radicalistas tornam suas ações tão intensas que saem da realidade com delírios, crenças etc, passando a obedecer regras que não seguem mais a razão, mas sim um delírio instalado. Conforme citado, as atitudes de uma pessoa fanática são marcadas por um radicalismo extremo e por absoluta intolerância em relação a todos os indivíduos que não compartilham as mesmas predileções. O doente psiquiátrico que adere ao radicalismo apresenta uma visão de mundo unilateral e rígida, além de cultivar uma bifurcação para o bem e o mal, sendo que o mal sempre está naquilo ou naquele que contraria seu modo de pensar. Em virtude disso, pode chegar a um extremo perigoso, incluindo o uso da violência para impor seu ponto de vista. Segundo o Dr. Diego Tavares, psiquiatra, o fanático radical pode ser uma pessoa do nosso convívio cotidiano, não necessariamente fazer parte de um grupo como o Talibã, por exemplo. “Essa pessoa pode ficar oculta até que seja colocada numa situação em que se vê questionada ou que encontre oposição às suas ideias”. Se você conhece alguém que percebe estar enveredando por esse caminho, mantenha-se em alerta e, se puder, tente orientá-la a buscar ajuda.

Radicalismo é doença? Read More »

TOC não é brincadeira

TOC não é brincadeira…

…deixe de rotular as pessoas e suas manias. O assunto é sério e merece atenção! Oi, tudo bem com você? O tema de hoje é TOC, o Transtorno Obsessivo Compulsivo. Porque, atualmente, muita gente banaliza o termo e diz que tudo é TOC. Vive em um ambiente organizado? TOC. Deixa sua pia sempre limpa? TOC. Mas, na verdade, esse rótulo não reflete a realidade. TOC é uma doença, não uma frescura! Ser uma pessoa organizada não significa, necessariamente, que tenha TOC. Embora comum, ele é crônico e duradouro. Uma informação muito importante sobre o assunto é que este transtorno é caracterizado pela presença de obsessões e compulsões, não por manias ou hábitos. TOC é uma doença psiquiátrica grave e, infelizmente, está entre as maiores causas de incapacitação, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). As obsessões que fazem parte do pensamento de quem convive com o TOC, normalmente, são impulsos ou imagens recorrentes e persistentes. Já as compulsões são comportamentos repetitivos ou atos mentais que a pessoa se sente forçada a executar em resposta a uma obsessão ou sob regras que devem ser aplicadas de forma rígida e frequente. Perceba no início Indivíduos Transtorno Obsessivo Compulsivo podem apresentar sintomas de obsessões, compulsões ou também as duas coisas. Estes problemas podem interferir em todas as áreas da vida da pessoa, incluindo a profissional, nos estudos e nos relacionamentos pessoais.   Os sintomas podem estar em você, mas também em pessoas do seu convívio, que merecem a sua ajuda. Fique atento, porque os principais pontos dessa questão sobre o TOC envolvem alterações do comportamento – com rituais ou compulsões, repetições e evitações, – além de pensamentos, cujas preocupações são excessivas, as dúvidas são recorrentes e as ideias de conteúdo impróprio ou ruim são frequentes. Sobre as emoções, as pessoas sentem medo, desconforto, aflição, culpa e depressão. Doentes de TOC sofrem ainda com medos de contrair doenças ou cometer alguma falha. Por conta disso, acabam por evitar situações que podem provocar tais desconfortos, limitando a vida de forma cruel.  Quando não é só mania ou “frescura” Uma das formas de perceber que um comportamento pode ter a ver com a doença é quando as obsessões passam do limite e deixam de ser apenas uma preferência ou mania. O transtorno é detectado quando os pensamentos se repetem, bem como impulsos ou imagens mentais que causam ansiedade são frequentes. Entre as obsessões mais comuns estão: 1. Medo de germes ou contaminação. A pessoa passa a lavar as mãos constantemente, sem ao menos se importar com um possível desgaste na pele; 2. Limpeza excessiva. Tanto em locais quanto em relação ao corpo, o indivíduo preocupa-se excessivamente com a limpeza e faz higienizações a todo momento; 3. Revisões. A pessoa com TOC revisa diversas vezes se fechou portas e janelas, ligou o alarme, desligou o gás ou o ferro de passar e as luzes, além de outras atividades antes de sair de casa ou dormir. Ela é capaz de voltar por mais de cinco vezes para constatar o sucesso de suas ações ou se levantar da cama durante toda a noite; 4. Pensamentos impuros. Há quem tenha pensamentos impuros ou indesejados envolvendo sexo, religião e danos a todo momento. Ideias agressivas em relação aos outros ou a si própria também acontecem; 5. Simetria e ordem. Um paciente psiquiátrico com TOC relata, muitas vezes, a obsessão por coisas simétricas ou em ordem perfeita, seja por cores ou tamanhos, por exemplo. Algumas pessoas com TOC também enfrentam um distúrbio conhecido como “tique” – movimentos súbitos, breves e repetitivos, como piscadas e movimentos com os olhos, encolhimento do ombro e empurrão da cabeça. Por sua vez, os tiques vocais incluem sons repetitivos de limpar a garganta, cheirar e/ou grunhir. Alerta para mulheres de todas as idades As mulheres com TOC, por exemplo, tendem a perder a autoestima e fugir do convívio com as pessoas. Elas passam a se odiar, inclusive, e a se boicotar. Quando percebem que precisam de ajuda, normalmente, elas tentam ajudar a si mesmas, evitando situações que desencadeiam suas obsessões. Sem sucesso, claro! Em outros casos, podem até começar a utilizar bebidas alcoólicas ou drogas para acalmar os pensamentos. Se você se identifica com este conteúdo, não se desespere, mas procure por ajuda. Fale com um psiquiatra sobre os sintomas, para que o TOC não seja protagonista das suas ações e para que você possa viver mais livre. A MentalMe se propõe a ajudar!

TOC não é brincadeira… Read More »

Menopausa pode causar depressão

Menopausa pode causar depressão?

A depressão é comum em mulheres durante o período de transição para a menopausa, mas a doença psiquiátrica também marca presença no pós-menopausa. Mulheres, este assunto é importante para a sua saúde física e mental. Portanto, prestem atenção! Vamos falar de menopausa e depressão? Você sabia que a depressão afeta até 70% das mulheres em transição para a menopausa? E a idade em que os sintomas aparecem é menor do que muita gente pensa: dos 40 até os 65 anos! Isso porque durante este período as mulheres têm uma redução fisiológica da produção de hormônios pelos ovários, conhecida como climatério. Com esse déficit de produção hormonal, as mulheres ficam mais propensas a vários problemas que podem ser resolvidos com tratamentos psiquiátricos, incluindo depressão, ansiedade, irritabilidade, nervosismo, tristeza exagerada, inquietação, bem como falta de memória, falta de confiança, pouca concentração e perda de libido também. Se você está com sintomas difíceis de identificar, porém que não faziam parte da sua vida até agora, converse com o seu ginecologista sobre a possibilidade de consultar-se também com um psiquiatra. A menopausa pode estar em parceria com a depressão e isto é sério. Mas a parte boa é que tem tratamento! Depressão Vamos falar da depressão, já que muitas mulheres não se dão conta de que podem estar passando por este problema em decorrência do climatério, ou a famosa menopausa. À medida que as mulheres envelhecem, o medo da morte se torna maior. Embora essa questão afete também homens, as alterações hormonais do corpo feminino podem colocar um ingrediente de atenção a mais nessa história. A depressão e a ansiedade, problemas mais comuns durante a menopausa, tendem a aumentar esse medo, assombrando quem já está num período tão difícil da vida, enfrentando mudanças tão drásticas. Existe um estudo, publicado pela Sociedade Norte-Americana da Menopausa (NAMS), envolvendo 485 mulheres turcas na pós-menopausa, com idade entre 35 e 78 anos, em que pesquisadores procuraram determinar a frequência de sintomas depressivos, as variáveis sobre a doença psiquiátrica e também o próprio medo da morte. O estudo confirmou que 41% das pesquisadas passaram por alguma forma de depressão. Os responsáveis identificaram também quais os fatores de risco que mais afetaram a depressão na pós-menopausa. Entre eles, a viuvez, o divórcio, o consumo de álcool, algum histórico médico que exige medicação contínua, a presença de qualquer incapacidade física e problemas mentais. Fato é que a depressão em mulheres durante o período de transição para a menopausa é recorrente, mas a doença também marca presença no pós-menopausa. Por isso, é preciso que estejam atentas a TODOS os sinais. Uma história real… Trazendo o assunto para mais perto, a MentalMe cuida de pacientes com depressão e aproveita constantemente  para alertar mulheres em idade de menopausa sobre o tema. Uma de nossas pacientes (a qual chamaremos de “M”), contou um pouco sobre como foi a época em que enfrentou a doença psiquiátrica atrelada à menopausa. “M” revelou que estava em uma idade favorável ao início da menopausa (a partir dos 40), quando teve os primeiros sintomas causados pela falta de produção de hormônios. No entanto, inicialmente, ela não relacionou uma coisa à outra. O que sentia era falta de vontade de sair da cama, desânimo, tristeza, angústia e irritabilidade. Só quando seu fluxo menstrual cessou, “M” percebeu que precisava de ajuda, mas para além de um ginecologista. “M” visitou também o Dr. Giovani Missio, psiquiatra da MentalMe. Na consulta, “M” logo revelou ao doutor o quanto estava preocupada com sua saúde. A vontade de estar sozinha, sempre deitada, mas com insônia, e sem prazer nas atividades cotidianas só aumentava e deixava o problema ainda mais sinuoso. O tratamento, porém, veio a calhar. “M” passou a fazer uso de medicações, com dosagens indicadas especificamente para o seu caso. De acordo com ela, “foi o que equilibrou toda a sua “bagunça” interna”. Já na visão da MentalMe, a procura da paciente por ajuda foi essencial para que o seu tratamento surtisse efeito, juntamente com a inserção de medicações assertivas. Portanto, se no seu dia a dia você começar algum desses sintomas, não hesite em procurar por um psiquiatra, além do ginecologista. Menopausa não é um bicho de sete cabeças, nem mesmo a depressão. Por isso, não há motivo para medo ou vergonha. Reflita sobre você, sua saúde física e seus sentimentos e procure ajuda. Não deixe para amanhã. E conte com a MentalMe!

Menopausa pode causar depressão? Read More »

Como dormir bem e acordar cheio de energia

Como dormir bem e acordar cheio de energia

De novo, mais um dia: você ouve o despertador tocar, abre os olhos e tudo o que quer são mais cinco minutos embaixo do cobertor. Então você lembra dos compromissos que precisa cumprir no dia, faz um esforço e se levanta, lava o rosto e pega sua primeira xícara de café buscando energia que não recuperou durante a noite. O que se segue são horas de operação no modo automático apenas para passar a manhã antes de perceber que realmente acordou. ​familiar a todos nós! ​Todo mundo já precisou enfrentar​. Essa cena é uma manhã com dificuldade e sabe como isso é desagradável. Se uma noite mal dormida tem esse preço nitidamente caro no curto prazo, a longo prazo, a privação do sono prejudica significativamente sua saúde e produtividade. Não existe nada no seu desempenho mental, emocional ou físico que não seja afetado pela qualidade do seu sono. Praticamente tudo sofre influência do descanso noturno (ou da falta dele). E ao contrário do que você possa pensar, o sono é um processo ativo. Durante a noite, nosso cérebro processa tudo o que vimos, ouvimos e aprendemos ao longo do dia. Além disso, nosso sistema imunológico é fortalecido, nosso metabolismo é regulado e nossas células danificadas são reparadas. As pesquisas mais recentes comprovam que durante o sono, ocorrem mudanças no ritmo respiratório e nas pressões arteriais e vasculares intra e extra cerebrais, estimulando o sistema linfático a fazer a drenagem de todo o lixo oxidativo do funcionamento cerebral em vigília. Traduzindo: durante o sono é feita a drenagem linfática do cérebro, a limpeza, o Detox Cerebral! É por isso que um sono de alta qualidade aumenta a produção do dia inteiro e, em última análise, aumenta a qualidade de sua vida. Ótimos dias começam na noite anterior. Entretanto, a maioria da população de hoje está cronicamente privada de sono ou sofrendo com um sono de baixa qualidade. A falta de sono leva a menos criatividade, mais estresse e baixo desempenho. Essa falta de descanso faz com que milhões de pessoas não vivam todo o seu potencial porque estão cansadas. Vivemos uma sociedade que valoriza o trabalho, o esforço e não a eficiência! Enquanto muitas pessoas pensam que poderiam realizar muito mais se dormissem menos, a realidade é o contrário: se feito da maneira correta, o sono pode ser o truque definitivo para o alto desempenho. Minimizar o seu sono para ter mais horas para trabalhar é um tiro que vai sair pela culatra, cedo ou tarde. Mas entenda! Não estou falando aqui de dormir muito, mas de dormir corretamente! Dormir muito, não é sinônimo de descanso! E na maioria das vezes, dificilmente resulta em um disposição física ou clareza mental. Então, entenda: é a qualidade do seu sono que afeta sua recuperação. E isso é mais simples do que se imagina! Alguns hábitos descomplicados resultam rapidamente em uma melhor recuperação, mais energia e melhor desempenho ao longo do dia. Antes de tudo temos que ter em mente que diversas condições podem afetar a qualidade do sono. Aí, mesmo dormindo bastante o resultado pode ser ruim. Entre as principais condições podemos destacar os transtornos de ansiedade, a depressão e outras doenças inflamatórias, especialmente as que causem dores. Portanto, procurar um tratamento para estas condições é um passo determinante para ter um bom sono e alto desempenho durante o dia. Muitas vezes as pessoas resistem em procurar tratamento para estas condições por medo, preconceito ou simplesmente por não conseguirem identificar que também sofrem de um problema emocional. Então, preciso lembrar que na relação entre a recuperação do sono e o tratamento destas condições existe uma “via de mão dupla”, ou seja, essas condições interferem na qualidade do sono mas também uma falta de cuidado com o sono piora a ansiedade, a depressão e as dores. Então importante cuidar das duas pontas desta relação ao mesmo tempo! Assim, identificar e tratar condições que interferem fisiologicamente no sono possibilita um sono normal. A partir daí então, planejar e executar atalhos que possibilitem não só um sono ainda mais satisfatório mas um alto desempenho durante o dia. O segredo: Padrões de sono e rotinasUm dos livros de maior influência do momento, o Milagre da Manhã, reflete uma tendência cultural iniciado no Vale do Silício que prega a ideia de que acordar cedo, mais especificamente às 5 da manhã é um Santo Graal para uma vida de sucesso! Deixo aqui um alerta: isso é uma meia verdade. Nossos corpos amam rotinas; ir para a cama e acordar ao mesmo tempo afeta enormemente sua recuperação e é isso que está no meio do segredo do milagre da manhã! Alterações nos seus horários podem acontecer de vez em quando, mas tente seguir os padrões regulares de sono e ir para a cama nos mesmos horários. Estabeleça um horário para dormir e para acordar. Evite variar mais de meia hora para mais ou para menos. Isso vai te ajudar a dormir mais rápido e acordar com mais disposição. Conheça e entenda as fases do seu sonoDurante o sono, passamos por cinco diferentes estágios. Esses diferentes estágios do sono leve e profundo formam os chamados ciclos de sono, e cada estágio tem características diferentes. Estágio 1 e 2Estas são as fases do sono leve . Durante esses estágios, a temperatura do nosso corpo e a pressão arterial caem e lentamente caímos no sono. O estágio 1 é uma fase de transição entre estar acordado e dormindo e representa apenas 5% de cada noite. Durante esse tempo, acordamos facilmente. O estágio 2 é responsável por até 55% do nosso tempo de sono. É quando nossa atividade cerebral desacelera e acordar fica mais difícil. Estágios 3 e 4Esses estágios são considerados sono profundo. Nossa atividade cerebral cai ao mínimo e os processos de recuperação estão em alta. Portanto, esses estágios são os mais importantes para obter o descanso e a recuperação definitivos. Etapa 5A última etapa também é chamada de fase REM (Rapid Eye Movement – em português: Movimento Rápido dos olhos).

Como dormir bem e acordar cheio de energia Read More »

Setembro Amarelo: é hora de escutar, sem deixar de agir

Todos os anos são registrados cerca de 12 mil suicídios no Brasil. A MentalMe te convida para fazer parte dessa campanha em prol da vida! Olá, como vai? Como estão seus planos para o mês de setembro? Aproveitando o começo do mês, queremos te fazer um convite: vamos alertar parentes, amigos e pessoas próximas sobre a importância da campanha Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio? É possível, até mesmo, que você conheça alguém que, na sua opinião esteja precisando de ajuda. Mas, realmente, este é um assunto delicado que exige cuidado para ser tratado. Se você acha que falar disso é importante, mas não tem ideia de como fazer isso, venha com a gente nesta leitura! Neste mês, a conscientização de prevenção ao suicídio é a pauta central. A MentalMe, por sua vez, não pode deixar de ressaltar a importância dessa campanha, dada a sua possibilidade de alcance. Para se ter uma ideia, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 32 pessoas tiram a própria vida por dia no Brasil. Essa estatística deveria ser o suficiente para estimular as pessoas na mobilização pela prevenção dessas mortes precoces e evitar tais acontecimentos. No entanto, apesar dos avanços, ainda nos deparamos diariamente com tabus, preconceitos e vergonhas, que acabam minando a possibilidade de uma conversa aberta sobre o tema. O suicídio é um assunto complexo, pois ninguém o comete por um único motivo. Porém, a prevenção é possível e algumas ações podem ser feitas em favor de pessoas de todas as idades. Mas vamos por partes! Para que você também possa ajudar quem precisa, vamos esclarecer algumas informações. Confira! O que é o Setembro Amarelo? A campanha Setembro Amarelo de prevenção ao suicídio teve início no Brasil, em 2014, pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM). Oficialmente, o dia escolhido para as principais ações em prol do tema é 10 de setembro, em todo o mundo, mas a importância dos alertas pode ser ressaltada durante o ano todo. De acordo com os responsáveis pela campanha, todos os anos são registrados cerca de 12 mil suicídios no Brasil e mais de 1 milhão a nível mundial. Isso significa que o suicídio mata mais pessoas do que doenças como Aids e câncer. Desses casos, 96,8% são relacionados a transtornos mentais. A depressão é a principal causa do suicídio, enquanto o transtorno bipolar aparece em segundo lugar. Já violências, como abusos sexuais, estão em terceiro na lista e as substâncias tóxicas, em quarto. Por que a cor amarela? Em 1994, um jovem norte-americano chamado Mike Emme cometeu suicídio quando tinha apenas 17 anos. Essa é a origem ao alerta sobre a prevenção e ao Setembro Amarelo. A cor escolhida foi o amarelo porque Mike havia restaurado um automóvel Mustang 68, pintando-o de amarelo. O carro, na ocasião, ficou conhecido como Mustang Mike. O mais triste, porém, é que os pais e amigos de Mike nunca perceberam que o jovem tinha sérios problemas psicológicos. Dessa forma, não conseguiram evitar a sua morte. No dia do velório do jovem garoto, foram distribuídos cartões decorados com fitas amarelas e uma mensagem: “Se você precisar, peça ajuda”. Essa iniciativa deu a partida para o movimento que conhecemos hoje como Setembro Amarelo de prevenção ao suicídio. O assunto suicídio gera tabus e preconceitos. O Setembro Amarelo foi criado justamente para quebrar essas barreiras e ajudar quem realmente precisa de ajuda. A campanha tem como objetivo também ajudar pessoas a ajudarem outras com a questão. Por isso, é essencial estar atento aos sinais, ainda que estes sejam irrisórios. E, se você quiser saber como começar uma conversa sobre esse assunto, fizemos uma lista que pode ajudar: Dicas práticas 1. Falar sobre o assunto é uma forma de entender quem passa por situações que levem a ideias suicidas, podendo ajudar o próximo a partir do momento em que tais ideias são identificadas. 2. Praticamente todas as pessoas que cometem suicídio apresentam, pelo menos, um transtorno psiquiátrico. Entre as vítimas, pessoas com depressão, transtorno bipolar ou problemas relacionados a drogas como álcool, maconha, crack, cocaína, etc. Esquizofrênicos e indivíduos com problemas de personalidade também fazem parte deste grupo. Dessa forma, alertar uma pessoa com problemas como estes sobre a importância de consultar um psiquiatra é essencial e está entre os principais fatores de proteção. Queremos contar com você nessa causa! 3. Por favor, fique atento a comentários que demonstrem desespero, desesperança e desamparo também. Expressões como “não queria ter nascido” ou até mesmo “queria estar em outro planeta”, podem ser sinais de alerta – trata-se de uma ideação suicida. 4. Outro alerta: alguns eventos podem estar relacionados à ideia de uma pessoa tirar a própria vida. Por exemplo, um divórcio, a morte de alguém muito querido, a perda do emprego, a falência de uma empresa, etc. Solidarize-se com alguém caso a pessoa esteja passando por tais situações. Ela pode estar pedindo socorro! 5. Observe se determinada pessoa apresenta comportamentos que sugiram uma preparação para o suicídio. Entre os indícios, mensagens de despedidas, cartazes, testamentos, doação de posses, etc. 6. Preste atenção nos jovens também. Às vezes, uma queda de desempenho na escola, por exemplo, pode ser sinal de um possível suicídio decorrente de algum abuso físico, psicológico ou sexual e/ou também maus tratos. Esses acontecimentos levam a pessoa a problemas psiquiátricos graves. Entenda, seu apoio é fundamental nesta causa. Conte com a MentalMe para ajudar quem você ama. Estamos nessa batalha juntos!

Setembro Amarelo: é hora de escutar, sem deixar de agir Read More »

Abrir bate-papo
1
Olá!
Clique aqui para agendarmos via whatsapp ou para saber mais sobre nossos planos e serviços!