MentalMe

abril 2022

Será que a ansiedade pode causar falta de ar ?

Na entrada de um pronto-socorro, numa quarta-feira à tarde, uma jovem desce correndo do táxi. – Por favor, por favor, eu tô tendo um ataque do coração ! Eu vou morrer ! Não consigo respirar ! Socorro ! A paciente é levada imediatamente pela equipe de enfermagem à sala de emergência. – Eu não aguento, eu vou morrer, eu preciso respirar ! A paciente é deitada e monitorizada: Pressão Arterial aferida em 130 x 80, Saturação de oxigênio 99%, sem febre, Frequência Cardíaca de 120 (normal até 100). É realizado um eletrocardiograma de urgência. Chega o médico já com o eletro em mãos: – Boa tarde, sou o Doutor Horácio e…. – Doutor, por favor, eu estou infartando ! – Como você se chama ? – Aline. – Você tem quantos anos, Aline ? – Tenho 24, mas Doutor, o que está acontecendo ? Eu não consigo respirar ! – Aline, você já se sentiu assim antes ? – Já sim, faz mais ou menos um ano que tenho essa crises. Me falta o ar, me dá um nó na garganta, vem uma sensação de sufocamento, de angústia, um desespero, começo a suar frio e eu acho que vou enlouquecer ! – Certo. E imagino que você já tenha sido avaliada no pronto-socorro outras vezes. – Sim, Doutor, e os médicos me dizem que os sinais estão normais, que as batidas do coração se aceleram porque estou ansiosa, mas que o eletro está normal e que os exames de sangue estão normais. – E imagino que já tenham te orientado a investigar, claro, com o cardiologista. – Já sim, Dr., eu já fui ao cardio e ele disse que não tenho nada no coração – Aline, você percebe que ao longo da nossa conversa as frases já não estão tão curtas, parece que você já está respirando melhor e que parece estar mais calma ? – É verdade, Doutor. Então essa é mais uma crise de pânico, né ? – Vamos fazer alguns exames, mas me parece que sim. E me diga: você já foi avaliada por um psiquiatra ? – Não, Dr. Os médicos do pronto-socorro costumam me dar alta com Rivotril e eu acabo não indo ao Psiquiatra. – Você sabia Aline que a gente compara essas crises de pânico com uma panela de pressão ? E que o Rivotril seria aquele pino pra deixar o vapor sair quando a pressão na panela está muito grande ? – Huuummm nunca me falaram dessa analogia – Pois então. Pensa comigo: se a pressão está muito alta, não adianta só apertar esse pino pro vapor sair, eu preciso diminuir o fogo ! A mesma coisa vale para as crises de pânico. Se eu não usar um medicamento que trate de fato aquele transtorno ansioso, o paciente fica com aquela pressão dentro dele. O Rivotril ou qualquer outro sedativo não funciona exatamente como tratamento, mas sim como válvula de escape. É como se eu tratasse uma hérnia de disco com analgésico ! Pode até aliviar, mas não resolve a causa da dor. – Puxa, Dr., ninguém nunca me explicou isso ! Você é psiquiatra ? – Aline, eu não sou psiquiatra, mas conheço alguns muito bons numa clínica chamada MentalMe. Pode procurar que você vai ser muito bem atendida. Vamos lá pra sala de observação ? – Vamos sim, Dr., já estou mais calma. A cena acima acontece todos os dias nos prontos-socorros do Brasil. E a conduta do clínico ali na hora é essa mesmo: investigar se aquela crise de pânico não tem uma origem cardíaca ou pulmonar. Mas na imensa maioria das vezes, é a saúde emocional do paciente que está abalada, ativando uma série de circuitos químicos no cérebro, levando à falta de ar, sufocamento, sensação de uma bola na garganta, palpitações, medo de enlouquecer. Na psiquiatria, a gente estuda não apenas quais são as regiões do cérebro responsáveis por esses “curto-circuitos” emocionais, mas quais são os neurotransmissores envolvidos nas crises de pânico. Aí fica mais fácil entender os sintomas do paciente e pensar no remédio mais interessante para aquela situação.  E você, já teve uma crise de pânico ? Conta pra gente como foi !

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Cuidador na Saúde Mental

O Papel do Cuidador no Tratamento em Saúde Mental

A família e os amigos costumam ser os primeiros a perceber que algo está errado e pode ser muito difícil e doloroso ver um amigo ou um ente querido com sintomas de depressão, ansiedade ou outros problemas emocionais. E muitas vezes, não sabemos a melhor forma de ajudar e apoiar.  Um dos passos importantes, pode ser apenas iniciar a conversa! Você não precisa ser um especialista ou ter as respostas. Expresse sua preocupação e vontade de ouvir e estar lá para a pessoa.  Não tenha medo de falar sobre isso. Assegure-a que você se importa com ela e está lá para ajudar. Ajude-a a procurar por tratamento Alguém com problemas emocionais pode precisar de ajuda para procurar atendimento, tais como: Terapias com Psicólogo ou Atendimento Médico com Psiquiatra. Tanto por vergonha quanto porque sua doença dificulta a execução de tarefas, como encontrar um profissional de Saúde Mental ou agendar uma consulta. Sugerir que você pode fazer essas coisas por ela, lembrá-la quando estiver próximo da data da consulta e até mesmo acompanhá-la no atendimento, pode ser uma grande ajuda e acolhedor. Expectativa x Apoio É importante ter expectativas realistas. A recuperação geralmente não é um processo rápido. Provavelmente haverá melhoras, mas também terão contratempos ao longo do caminho.  Com a permissão da pessoa, você pode acompanha-la nas consultas para ajudar a fornecer suporte. Mesmo que você sinta que seu apoio e suas ações não estão fazendo diferença, eles provavelmente estarão.  Por estar sofrendo, a pessoa pode ter dificuldades em reconhecer ou expressar gratidão pela sua ajuda. Mas saber que você está lá para ela é importante para a recuperação. Saiba mais sobre condições e tratamentos Busque informações! Quanto mais você entender sobre as condições, sintomas, possíveis tratamentos e o que esperar, melhor será a sua ajuda. No entanto, procure fontes confiáveis para obter esta informações. Como em qualquer assunto a qualidade das informações podem variar. Entre no nosso blog Apoie seu ente querido em sua rotina diária Embora o início do tratamento seja um componente crucial para controlar alguns transtornos emocionais e mentais, a pessoa poderá precisar de ajuda na rotina diária (ao menos nos 15 primeiros dias). Você também pode se oferecer para ajudar em tarefas que possam ser cansativas, exemplos: fazer compras no supermercado, lavar a roupa ou limpar a casa. Estabelecer uma rotina ajuda muito e apoio diário é essencial. Sugerir também a inserção da atividade física regular e na rotina, é fundamental, pois ajuda a aliviar o estresse, liberando substâncias no cérebro que desempenham um papel no humor. Incentivar essa pessoa a fazer atividades que lhe dêem satisfação pessoal é importante, por outro lado, cuidado para não exagerar nas atividades e na socialização, converse e esteja sempre alinhado com a necessidade da pessoa que esta doente. Algumas pessoas acabam forçando a fazer atividades e socializar. Isso nem sempre é uma coisa boa, porque pode produzir estresse adicional. Faça um plano para reconhecer uma recaída Quando você está envolvido a longo prazo com alguém que tem algum transtorno emocional, é importante entender que os sintomas podem surgir periodicamente, assim como acontece nas doenças cardíacas ou diabetes. Entender e aceitar que haverá altos e baixos ajuda a mitigar possíveis frustrações que alguém possa se deparar, ao estar apoiando alguém com transtorno emocional. Muitas vezes, é importante que o cuidador também procure terapia pessoal. Embora os episódios possam entrar em remissão com o tratamento adequado, o potencial de recaídas futuras pode prejudicar os relacionamentos. Por isso, é importante conversar com essa pessoa quando estiver em remissão, para que juntos possam formar um plano de como reconhecer e responder rapidamente quando uma recaída estiver acontecendo. É importante reconhecer os primeiros sinais para intervir rapidamente! Você também pode incentivar hábitos de vida que podem ajudar, como: Hábitos saudáveis de alimentação, sono e atividade física Tentar minimizar o estresse Limitar o uso de álcool e drogas Fazer o acompanhamento regular com o profissional de saúde mental Obter ajuda precoce é uma parte importante do tratamento e a rede de apoio normalmente é parte fundamental para que a pessoa procure ajuda de um profissional

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